Rural
Empresas unem produtos para combater a broca gigante na região Mesba
Na região MESBA, composta por partes de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, a Broca Gigante (Telchin licus) tem representado uma grande ameaça à indústria sucroalcooleira brasileira, com prejuízos anuais superiores a R$ 5 bilhões.
De acordo com estudos da Embrapa, a Broca Gigante pode reduzir a produção de cana em até 50%, afetando não apenas a quantidade, mas também a qualidade da matéria-prima. Os danos incluem diminuição na concentração de açúcar extraível, pureza do caldo e volume de álcool produzido.
Para enfrentar esse problema, duas empresas, a Green Planet e a SD Orgânico, líderes do setor agrícola, uniram forças no desenvolvimento de soluções inovadoras. Da parceria entre as empresas resultou nos produtos “UP Controle” e o “SDFender” que juntos apresentaram resultados promissores, indicando um potencial significativo no controle da Broca Gigante.
Apesar de ser cedo para avaliar totalmente a eficácia, o SDFender se destaca como uma alternativa sustentável, segundo os pesquisadores. A continuidade dos testes visa coletar mais dados e avaliar a estratégia a longo prazo. Esta iniciativa destaca a importância da colaboração para impulsionar a inovação e encontrar soluções eficazes para os desafios da agricultura moderna.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.