Rural
Exportações de carne de frango do Brasil batem recorde com 471 mil toneladas
O Brasil exportou 471 mil toneladas de carne de frango, um aumento de 15,5% em comparação ao mês anterior e de quase 11% em relação a abril de 2023. Esse volume inclui frango inteiro, cortes, produtos industrializados e carne de frango salgada. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Este número não só estabelece um novo recorde para abril, como também se posiciona como o segundo maior volume mensal já registrado pelo setor, ficando atrás apenas das 504,5 mil toneladas exportadas em março do ano passado.
Graças a esse desempenho, a queda acumulada no ano diminuiu consideravelmente. Enquanto o primeiro trimestre apresentou um déficit de quase 7,5%, agora a diferença em relação ao mesmo período de 2023 é de menos de 3%, o que equivale a cerca de 50 mil toneladas, aproximadamente dois dias de embarques.
No acumulado dos últimos 12 meses, o setor continua a mostrar crescimento, com um aumento de 2,18% em comparação ao período anterior.
Além do volume significativo, abril também marcou o primeiro aumento anual na receita cambial, superando em mais de 5% a receita de abril de 2023, apesar do preço médio ainda ser inferior ao do ano passado.
No entanto, esse ganho não foi suficiente para compensar as reduções registradas no quadrimestre e nos últimos 12 meses, com quedas de 11,41% e 8,37%, respectivamente, em comparação com os períodos anteriores.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.