Rural
Exportações do agronegócio batem recorde em outubro com US$ 14,25 bilhões
As exportações do agronegócio em outubro de 2022 foram recorde para o mês, chegando a 14,25 bilhões. O resultado representa alta de 61,3% frente ao valor obtido em outubro de 2021.
A alta das exportações ocorreu, principalmente, em função do aumento do volume exportado entre os períodos, que registrou um crescimento de 38,9%. O índice de preço dos produtos exportados também subiu, com incremento de 16,1% no período.
Um dos principais fatores que influenciaram esse forte aumento nas exportações, foi a alta dos embarques de milho, com um volume 301,7% maior. Nos dez primeiros meses do ano, o volume total de grãos exportados chegou a 134 milhões de toneladas.
No acumulado do ano, entre janeiro e outubro deste ano, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o recorde de US$ 136,10 bilhões, o que representa um incremento de 33% em comparação com o mesmo período de 2021. O setor do agronegócio representou cerca de 48,5% do total das vendas externas do Brasil no período.
As importações de produtos agropecuários somaram US$ 1,43 bilhão em outubro de 2022, valor 2% superior em relação ao que foi observado no mesmo mês do ano anterior.
Entre os setores do agronegócio, o complexo da soja, principal exportador, embarcou uS$ 3,68 bilhões, alta de 49,6%, com incremento de volume exportado de 27,6% e dos preços internacionais dos produtos do setor em 17,2%. O principal produto exportado foi a soja em grãos, com registro recorde para os meses de outubro de US$ 2,49 bilhões.
O volume comercializado de carne também registrou aumento no volume embarcado, com alta de 16,1%. As vendas externas do produto chegaram a US$ 2,28 bilhões.
Já o setor de cereais, rinhas e preparações teve aumento absoluto de US$ 1,75 bilhão em vendas externas, atingindo o valor de US$ 2,20 bilhões. O cereal que se destacou foi o milho, que teve volume recorde exportado de 7,2 milhões de toneladas para o mês de outubro. No complexo sucroalcooleiro, as vendas externas subiram 90,0%, atingindo US$ 1,76 bilhão. As vendas de açúcar foram de US$ 1,50 bilhão.
O setor de produtos florestais totalizou exportações de US$ 1,45 bilhão.
Entre os destinos das exportações brasileiras, a Ásia segue com a maior participação, com a compra de US$ 6,83 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro em outubro de 2022. A China é a maior parceira comercial do agronegócio brasileiro,
Em outubro, a Ásia e a União Europeia somaram 64,2% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio em outubro.
Fonte: AgroPlus
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.