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Rural

Falta de chuvas pode motivar replantio da soja no Centro-Oeste

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Enquanto a região Sul enfrenta o excesso de chuvas, a falta de precipitação ainda continua sendo uma fonte de apreensão no Centro-Oeste. Além do atraso na semeadura, algumas propriedades já sinalizaram a necessidade de replantar áreas, o que, somado ao aumento dos custos, gera outra inquietação no setor agrícola: a disponibilidade de sementes para essa nova semeadura. Esse cenário também preocupa o setor de revendas, que atualmente possui estoques de sementes insuficientes para atender à demanda de replantio.

De acordo com o Conselho Estadual das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários de Mato Grosso (Cearpa), nas últimas duas semanas, a procura por sementes aumentou devido à necessidade de replantio.

Os estoques das revendas estão atualmente muito baixos, chegando a níveis críticos, considerando a proporção de Mato Grosso. Embora haja um estoque de aproximadamente 20% nas mãos das empresas de sementes, esses materiais não são necessariamente os preferidos pelos produtores.

Além da escassez de sementes, o Cearpa também destaca outros impactos nessa situação, incluindo desafios logísticos, qualidade das sementes e custos envolvidos. O processo de obtenção das sementes, desde a solicitação até a retirada na empresa de sementes, leva pelo menos cinco dias a uma semana. Além disso, os custos para realizar qualquer replantio são consideráveis, totalizando pelo menos dez sacas por hectare.

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A preocupação com a falta de sementes para um possível replantio em Mato Grosso não é a única questão que preocupa o setor de revendas. O atraso na entrega de insumos para os tratos culturais também gera apreensão, pois a logística que antes demandava de oito a 12 dias, agora se estende para 30, 40, 45 dias de espera, especialmente quando os produtos vêm de São Paulo ou regiões mais distantes.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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