Rural
FMI atualiza estimativas de crescimento econômico do Brasil impulsionado pelo desempenho do agronegócio
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira (25.07) a revisão das projeções para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do fundo é 2,1% em 2023, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril.
Essa revisão positiva se deve principalmente ao “aumento na produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade em serviços”. No início do ano, o PIB brasileiro avançou 1,9%, impulsionado justamente pelo desempenho favorável do agronegócio.
É importante ressaltar que a perspectiva do FMI para o crescimento econômico brasileiro em 2023 ainda é inferior à projeção do mercado financeiro nacional, que prevê um avanço de 2,24%, enquanto o governo federal estima o PIB em 2,5%.
No entanto, para o ano de 2024, o FMI rebaixou a projeção em 0,3 ponto percentual, estimando um crescimento de 1,2% para a economia brasileira. Essa revisão para baixo reflete uma tendência global, visto que o FMI também elevou suas estimativas para o crescimento mundial, devido à resiliência das economias no primeiro trimestre. Entretanto, o Fundo alerta sobre os desafios a médio prazo.
A revisão para cima da perspectiva de crescimento para a América Latina e Caribe, para 1,9% em 2023, 0,3 ponto acima do projetado em abril, também acompanha essa tendência global. No entanto, a previsão para a região em 2024 permanece em expansão de 2,2%.
Apesar da desaceleração inflacionária e de uma redução do estresse no setor bancário, o FMI destaca que o balanço de riscos inspira cuidados, assim como o crédito apertado. O Fundo ressalta a importância de monitorar de perto os desenvolvimentos econômicos e financeiros, destacando possíveis desafios futuros.
Em resumo, o cenário econômico do Brasil apresenta perspectivas positivas para o ano de 2023, impulsionadas pelo desempenho do setor agrícola, mas o FMI alerta para os riscos e desafios que podem afetar o crescimento em 2024. Cabe ao país e aos agentes econômicos atuarem de forma cautelosa e proativa para enfrentar esses desafios e promover um crescimento sustentável e resiliente no médio prazo.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.