Rural
FPA se articula para derrubar vetos presidenciais a projetos de interesse do agronegócio
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu nesta terça-feira (05.12) para deliberar sobre a derrubada de vetos presidenciais relacionados a projetos de significativo interesse para o agronegócio.
O vice-presidente da bancada no Senado Federal, Zequinha Marinho, expressou confiança na capacidade da FPA para reverter os vetos. “Temos uma bancada de 303 deputados e 50 senadores, o que é mais do que suficiente para derrubar os vetos”, afirmou.
Além da discussão sobre os vetos, Marinho revelou que a FPA está elaborando uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para regulamentar a demarcação de terras indígenas através de lei. “Essa PEC está pronta e será apresentada em breve”, adiantou.
Já o deputado federal Arnaldo Jardim, também vice-presidente da FPA, enfatizou que a bancada só comparecerá à sessão do Congresso Nacional se houver confirmação de que os vetos ao marco temporal serão efetivamente analisados. “Isso é de extrema importância para nós, e já manifestamos nossa posição oficialmente”, ressaltou Jardim.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.