Rural
Governador de Mato Grosso diz que moratória não respeita o Código Florestal brasileiro
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, expressou preocupação em relação à Moratória da Soja, afirmando que a moratória da soja não respeita o Código Florestal Brasileiro, que ele considera a legislação ambiental mais rigorosa do mundo.
Mendes enfatizou a importância de aumentar a produção de alimentos de maneira sustentável diante da crescente demanda global, prevendo um aumento populacional para cerca de dez bilhões de pessoas até 2050. Ele ressaltou que o desafio é ampliar a produção mantendo práticas sustentáveis.
O governador destacou a necessidade de respeitar a legislação brasileira, especialmente o Código Florestal do país, enfatizando que não se pode aceitar imposições de regras por empresas estrangeiras que não estejam alinhadas com as normativas nacionais.
A Moratória da Soja, que visa garantir que a soja produzida na região amazônica esteja isenta de desmatamentos pós-22 de julho de 2008, segundo Mendes é um “absurdo”.
“Nosso Código Florestal, aprovado em 2008, estabelece claramente que dependendo da região do país, se pode usar até 65% do bioma Cerrado, preservando 35%, e do Amazônico, preservar 80% e utilizar apenas 20%. Nenhuma lei do mundo tem essas restrições que o Código Florestal tem para proteger o meio ambiente”, disse.
Mendes expressou sua insatisfação com empresas internacionais que se recusam a comprar soja produzida no Brasil, mesmo que esteja em conformidade com a legislação ambiental brasileira. Ele ressaltou que, apesar das rigorosas restrições impostas pelo Código Florestal, há relutância em reconhecer e respeitar tais parâmetros. O governador destacou que medidas firmes estão sendo tomadas pelo estado de Mato Grosso em resposta a essas empresas.
Com informações do Canal Rural
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.