Rural
Imea prevê crescimento da produção e exportações de algodão em MT
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou novas estimativas para a oferta e demanda de algodão em Mato Grosso na safra 2023/24, revelando um cenário de crescimento significativo na produção e nas exportações.
Segundo o Imea, a produção de algodão deve alcançar 3,10 milhões de toneladas, um aumento de 2,14% em relação à projeção anterior e um impressionante crescimento de 15,82% comparado à safra 2022/23. As exportações de pluma de algodão também estão em alta, com previsão de atingir 1,80 milhão de toneladas, representando um incremento de 3,60% sobre a estimativa anterior e 8,62% acima do esperado para a safra passada. Esse aumento na produção e nas exportações deve impactar diretamente os estoques finais, sinalizando um cenário positivo para o setor.
Com esses números, os estoques finais de algodão em Mato Grosso devem chegar a 682,12 mil toneladas. Destaca-se que 349,32 mil toneladas dessa quantidade já foram comercializadas, mas podem não ser escoadas até o final do ciclo, que termina em julho de 2025.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.