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Intempéries climáticas afetam plantio do milho, mas elevam preços internacionais

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O cenário climático desfavorável tem gerado preocupações no mercado de commodities agrícolas, especialmente no segmento do milho e  soja. Após um ano de 2023 marcado por uma safra expressiva, os produtores brasileiros enfrentam desafios decorrentes das condições climáticas adversas, o que tem reflexos diretos na produção e nas expectativas de plantio.

A temporada de plantio da soja, fundamental para a safrinha do milho, enfrentou atrasos significativos, reduzindo as janelas ideais de cultivo para a segunda safra do ano que vem. Essa situação é apontada como um fator crucial pelos analistas, que destacam uma redução ainda maior na área plantada para a safra 2023/24.

Além da limitação na área de cultivo, há também uma preocupação com a produtividade da segunda safra, devido à janela estreita de plantio e aos investimentos mais contidos dos produtores. Esses fatores têm levado a previsões de diminuição considerável na produção brasileira de milho no ciclo 2023/24.

A estimativa preliminar aponta para uma redução de aproximadamente 10 milhões de toneladas na produção de milho do Brasil para o próximo ciclo, contudo, essa projeção pode ser revisada para cima, caso os atrasos na safra de soja persistam, impactando ainda mais o plantio e a produtividade do milho.

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Mas, assim como a soja, enquanto as intempéries climáticas afetam a produção nacional, o mercado internacional de milho já demonstra tendências de alta nos preços, o que não deixa de ser uma boa notícia para o produtor. Essa elevação se deve às preocupações globais com a oferta, em parte influenciada pela situação adversa do plantio no Brasil, além de expectativas de redução na produção de outros importantes produtores mundiais.

Assim, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelos produtores brasileiros, as tendências de alta nos preços internacionais podem trazer um alívio para o mercado local, compensando, em parte, as reduções na produção esperadas para o próximo ciclo.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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