Rural
Minas Gerais se torna campeã nacional no consumo de carne suína
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Minas Gerais é líder nacional no consumo de carne suína, com uma média de 27,1 kg por habitante em 2023.
Esse número é impressionante quando comparado ao consumo nacional, que atingiu 20,5 kg por habitante em 2022, conforme calculado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), com base nos dados populacionais do IBGE.
O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), João Carlos Bretas Leite, destaca o significado desses números para o setor.
“Vemos esses dados de forma extremamente positiva! Eles demonstram que os esforços da cadeia produtiva estão tendo um impacto positivo e evidenciam claramente a preferência dos mineiros pela nossa carne suína, o que ajuda a equilibrar a oferta e a demanda. Esses números refletem mais de uma década de trabalho árduo voltado para a qualidade e os benefícios de nossa proteína”.
A diversidade e versatilidade da carne suína desempenham um papel crucial nesse aumento do consumo. Essa proteína se adapta a uma ampla gama de preparos, de pratos requintados a receitas do dia a dia, com custos atrativos para os consumidores finais. Isso se aplica tanto a indivíduos quanto a estabelecimentos de alimentação fora de casa.
O consultor de mercado da ASEMG, Alvimar Jalles, destaca que o consumo per capita de carne é um indicador crucial para o desenvolvimento do setor. Com 20,5 kg por habitante, o Brasil assegura um bom consumo por habitante, enquanto Minas Gerais se destaca com 27,1 kg e 100 g, considerando o processamento local e descontando a exportação exclusiva do estado.
Além da qualidade do produto, Minas Gerais oferece iniciativas que impactam positivamente no aumento do consumo. Entre elas estão o programa “Cozinhando com a ASEMG,” a “Confraria do Porco,” a “Semana Nacional da Carne Suína” em sua edição estadual e o “Dia Estadual da Carne Suína”.
Essas ações levam informações sobre os benefícios dessa proteína, promovem seu sabor e incentivam os consumidores a experimentar pratos e produtos à base de carne suína.
Veja os dados de Minas Gerais:
- Cerca de 5.229.317 cabeças de suínos, representando 13% da produção brasileira (IBGE).
- Produção de carne suína em 2021 atingiu 801.512 toneladas (IBGE).
- Faturamento da atividade em 2021 foi de 5,59 bilhões de reais (IBGE).
- Crescimento da produção em 2021 de 10,28% (IBGE).
- Exportações que representam 3,03% da carne produzida em MG e 2,03% da produção nacional (IBGE e ABPA).
- Minas responde por 9,7% do abate de suínos no Brasil.
- Aproximadamente 160 mil empregos diretos e indiretos gerados.
- Consumo per capita de 28 kg.
- Cerca de 300 milhões de reais em tributos gerados para o estado.
- Presença de sete polos com grande concentração de suínos.
E compare com o cenário nacional:
- Produção de 4,7 milhões de toneladas de carne suína (IBGE).
- Faturamento em 2021 de 31,394 bilhões de reais (IBGE).
- Exportações de 1,137 mil toneladas, equivalentes a 2,641 milhões de dólares (IBGE e ABPA).
- Abate de 52,97 milhões de cabeças em 2021, com um aumento de 7,3% em relação ao ano anterior (IBGE).
- Consumo per capita de 20 kg.
Fonte: ASEMG
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.