Rural
Municípios que decretaram emergência por calamidade pública têm até sexta para buscar recursos no Mapa
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou um programa voltado à revitalização e expansão das estradas vicinais, dos municípios que decretaram situação de emergência decorrentes de calamidade pública por conta de eventos climáticos extremos.
O objetivo é restabelecer o apoio à produção agropecuária e melhorar a acessibilidade da população rural, além de facilitar a distribuição de produtos agrícolas para o mercado consumidor.
Para a execução das obras, cujo prazo previsto é de até 180 dias, os municípios devem apresentar, juntamente com a proposta orçamentária em hora/máquina, um decreto municipal que ateste estado de calamidade pública decorrente das fortes chuvas, validado pelo Estado ou pela Secretaria Estadual. Além disso, fotos georreferenciadas do projeto são alguns dos critérios exigidos.
O prazo estabelecido para os municípios elegíveis se cadastrarem e submeterem suas propostas via plataforma Trasferegov é até esta sexta-feira (15.12). A análise dos requisitos será conduzida entre os dias 18 e 22 de dezembro, enquanto a expectativa é que a celebração e assinatura dos termos de convênio ocorram até o dia 29 de dezembro.
O Mapa esclarece que, no momento, não há recursos orçamentários adicionais disponíveis para custear os convênios, entretanto, está buscando apoio orçamentário junto à base parlamentar.
Adicionalmente, caso haja necessidade, outras unidades federativas poderão ser incluídas no programa.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.