Rural
Neri Geller anuncia linha de crédito de até US$ 5 bilhões para auxiliar os produtores
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, durante a Abertura Nacional da Colheita da Primeira Safra de Milho no Brasil, em Ibirubá (RS), a criação de uma linha de crédito em dólar para auxiliar os produtores rurais no pagamento do custeio. A medida visa amenizar os impactos da queda dos preços dos produtos agrícolas e dos custos de produção.
O recurso, previsto entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões, terá taxa de juros de 8% e carência de um a dois anos para pagamento. O produtor poderá buscar o capital de giro através de revendas, agentes financeiros, indústrias e/ou cooperativas.
A iniciativa foi anunciada pelo secretário de política agrícola do Mapa, Neri Geller, durante o evento que faz parte do Projeto Mais Milho, uma realização do Canal Rural e Abramilho, com patrocínio da Aprosoja-MT, Senar-MT, Bayer, Vence Tudo, Inpasa e Ihara, e apoio da Brevant Sementes.
Geller reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo campo, como a seca em algumas regiões e a queda dos preços internacionais das commodities. Ele pontuou que os preços das commodities caminham para um equilíbrio, mas que o governo está se antecipando aos problemas para mitigar a questão da receita versus despesa dos produtores.
O secretário também mencionou a revisão do Proagro e a busca por mais recursos para o Plano Safra. Ele destacou a importância do diálogo com a classe política para garantir o apoio necessário ao setor.
A iniciativa do governo federal é um passo importante para auxiliar os produtores rurais neste momento desafiador. No entanto, outras medidas também são necessárias para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor agropecuário brasileiro.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.