Rural
Nova Ferroeste: Ibama aprova estudo ambiental para projeto de R$ 29,4 bilhões
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu sinal verde para a Nova Ferroeste, projeto ferroviário que ligará Maracaju (MS) a Paranaguá (PR), com um investimento estimado em R$ 29,4 bilhões.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), foi aprovado após uma análise rigorosa. Com mais de 3 mil páginas, o relatório agora avança para a etapa crucial das audiências públicas, a serem realizadas nos próximos 45 dias.
O documento foi distribuído para as prefeituras de 49 municípios impactados pelo projeto, incluindo oito do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná. Além disso, diversas entidades federais e estaduais, como Incra, Iphan, Funai, ICMBio, Ibama do PR e MS, Ministério Público dos dois estados, IAT e IMASUL, receberam cópias.
O projeto da Nova Ferroeste visa a expansão da atual Ferroeste S/A, conectando Maracaju a Paranaguá, com um total de 1.304 quilômetros. Estudos indicam que, no primeiro ano de operação plena, a ferrovia poderá movimentar cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados. O leilão para a concessão do projeto está previsto para o segundo trimestre deste ano, com o vencedor explorando o trecho por 70 anos.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.