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Rural

Pernambuco exportou R$ 3 bilhões em 2023. Melhor performance em 12 anos

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As vendas internacionais do agronegócio em Pernambuco alcançaram marcas impressionantes, atingindo o ponto mais alto em 12 anos. Registrou-se um aumento de 32% em comparação ao ano anterior, ultrapassando a cifra de R$ 3 bilhões em exportações.

Segundo informações da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (Faepe), a maior parte desse sucesso, precisamente 92%, deve-se ao desempenho dos setores de açúcar e álcool e de frutas. Esses setores juntos compuseram 19% do total das exportações pernambucanas no último ano.

O açúcar, tanto o mascavo quanto o refinado, liderou as vendas internacionais, tendo como principais destinos os Estados Unidos, o Congo e a Mauritânia. O valor das exportações de açúcar saltou 27% em relação ao ano anterior, alcançando mais de 300 milhões de dólares.

Quanto à fruticultura irrigada, Pernambuco se destacou como o maior exportador de frutas do país, com vendas externas aproximando-se dos 294 milhões de dólares, um crescimento de 47% em comparação a 2022. As mangas e uvas do Vale do São Francisco foram especialmente valorizadas, abastecendo mercados na Holanda, Reino Unido e Estados Unidos através do Porto de Rotterdam, na Holanda.

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Marcus Melo, economista da Faepe, apontou para a dualidade econômica do estado em relação às exportações, dividindo entre a Zona da Mata, com seu foco na cana-de-açúcar, e o Vale do São Francisco, voltado para a fruticultura irrigada. Ele destacou o impacto significativo dessas atividades na economia local, gerando empregos e renda, especialmente em Petrolina, onde o agronegócio responde por cerca de 17% do PIB local.

Além disso, Melo salientou a importância do agronegócio na estabilização dos preços dos alimentos em Recife, contribuindo para um aumento do poder de compra da população. Ressaltou também a vanguarda tecnológica do setor agrícola pernambucano e a sua contribuição para a sustentabilidade ambiental, cumprindo rigorosamente a legislação.

O crescimento das exportações em Pernambuco foi atribuído a diversos fatores, incluindo sua posição geográfica estratégica, avanços em pesquisa e tecnologia, especialmente na fruticultura irrigada do Sertão, e a capacidade de manter a produção estável mesmo diante de desafios climáticos e econômicos, como a pandemia de 2020. Melo enfatizou que, apesar dos desafios impostos pela crise sanitária, o agronegócio não apenas se manteve firme, mas também fortaleceu sua contribuição para a economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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