Rural
PIB da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 20,72% em 2023
O PIB da cadeia da soja e do biodiesel está previsto para crescer 20,72% em 2023 em comparação com 2022, de acordo com um estudo realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em colaboração com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Esse aumento é impulsionado pelo desempenho positivo da agroindústria, principalmente no setor de biodiesel e processamento.
Esse crescimento na cadeia também se reflete no mercado de trabalho, com um aumento de 4,63% na geração de empregos no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. As exportações da cadeia alcançaram um recorde de US$ 26,8 bilhões, impulsionadas principalmente pelo aumento nos volumes exportados de grãos e farelo de soja.
Apesar desses resultados positivos, devido à pressão negativa dos preços no segundo trimestre, a renda real da cadeia pode diminuir 6,23% em 2023 em comparação com 2022. Isso levou a uma revisão para baixo das representatividades do PIB da cadeia no PIB do agronegócio e no PIB brasileiro, que agora são estimadas em 24,3% e 5,8%, respectivamente.
No entanto, a cadeia produtiva mantém sua dimensão econômica significativa, com um PIB estimado em R$ 637 bilhões em 2023. No mercado de trabalho, a população ocupada na cadeia da soja e do biodiesel no segundo trimestre de 2023 atingiu 2,32 milhões de pessoas, um aumento de 12,26% em relação ao mesmo período de 2022. Apesar de uma queda em relação ao trimestre anterior, as participações da população ocupada da cadeia no agronegócio e no Brasil permanecem substanciais, em 10,07% e 2,34%, respectivamente.
A agroindústria teve um desempenho notável, com um aumento de 4,63% na população ocupada entre o segundo trimestre de 2022 e 2023, principalmente devido ao biodiesel e às rações. As exportações da cadeia da soja e do biodiesel no segundo trimestre de 2023 atingiram um recorde, totalizando US$ 26,8 bilhões, com um aumento de 10,04% em valor e 30,88% em volume em relação ao mesmo período de 2022. Esse crescimento se deve, em grande parte, ao aumento das exportações de soja em grão e farelo de soja, apesar da redução nos preços desses produtos.
As exportações para várias regiões do mundo diminuíram, mas houve um aumento significativo nas exportações para a América do Norte e China, que representaram a maioria das exportações da cadeia no trimestre, atingindo 60,58%.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.