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Rural

Plantio da safra 23/24 está atrasado e venda da safra anterior tá no fim

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O panorama da safra de grãos no Brasil apresenta um quadro desafiador, principalmente devido às condições climáticas adversas que têm impactado significativamente o plantio e o desenvolvimento das lavouras.

Os dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que o plantio de soja atingiu 75,2% da área planejada para a safra 2023/24, uma marca inferior aos 86,1% registrados no mesmo período do ano passado. Esse cenário é evidente em estados-chave como Mato Grosso, onde os agricultores finalizaram 96,3% do plantio, porém, a irregularidade das chuvas tem afetado o crescimento das plantações em várias regiões.

No Rio Grande do Sul, as frequentes precipitações e o alto nível de umidade do solo têm prejudicado a expansão da área plantada, causando erosão do solo e perda de nutrientes e sementes. Esses fatores impactam diretamente a produtividade agrícola.

Quanto aos demais grãos, o plantio do milho de verão alcançou 55% da área, indicando um atraso comparado ao ano anterior, que registrava 68,6% no mesmo período. No entanto, a colheita do trigo superou os números do ano anterior, atingindo 96,5% da área.

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As previsões climáticas da Conab para os próximos dias destacam chuvas contínuas no Sul do Brasil, podendo ultrapassar 80 mm em áreas do noroeste gaúcho, Santa Catarina e sudoeste do Paraná. Essas condições meteorológicas podem prejudicar a colheita do trigo e afetar o desenvolvimento das culturas da primeira safra.

Enquanto isso, os produtores enfrentam incertezas sobre a safra futura, mas continuam as vendas. Cerca de 89,5% da safra 2022/23 de soja já foi comercializada, totalizando 139,7 milhões de toneladas de um previsto de 156,1 milhões. Contudo, esse ritmo de vendas está abaixo da média das últimas cinco temporadas, que alcançou 94,2%.

A discrepância nas taxas de comercialização entre os estados é marcante, sendo Santa Catarina o estado com menor volume de comercialização até o momento, enquanto Tocantins e Piauí praticamente esgotaram seus estoques.

Confira o índice de comercialização em cada estado:

  • Rio Grande do Sul: 83%
  • Paraná: 85%
  • Mato Grosso: 94%
  • Mato Grosso do Sul: 83%
  • Goiás: 85%
  • São Paulo: 90%
  • Minas Gerais: 89%
  • Bahia: 92%
  • Santa Catarina: 79%
  • Maranhão: 99%
  • Piauí: 98%
  • Tocantins: 99%
  • Outros: 99%
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O mercado enfrenta um equilíbrio delicado entre desafios climáticos e estratégias de comercialização, com os produtores buscando otimizar suas ações diante das variáveis imprevisíveis da natureza e do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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