Rural
Plantio da safra de soja chega a 30%, mas condições climáticas preocupam
A safra de soja em andamento no Brasil enfrenta sérios desafios devido às condições climáticas irregulares. Analistas e consultores de mercado estão em consenso sobre a produção de 2023/24, que provavelmente não atingirá as estimativas iniciais de 160 milhões de toneladas.
No Paraná, o segundo maior produtor de soja do Brasil, as chuvas intensas desde o início de outubro têm dificultado o plantio. Mesmo assim, o estado está adiantado na semeadura, com 46% da área de 5,8 milhões de hectares já plantada. As lavouras estão em boas condições na maioria das áreas, apesar da irregularidade das chuvas.
Mato Grosso, o maior produtor de soja do Brasil, também enfrenta atrasos. Os produtores vivem um momento de muita apreensão por conta do atraso no plantio em relação aos outros anos e com o agravante de altas temperaturas, que coloca em xeque os plantios já semeados, uma vez que a temperatura alta pode comprometer o desenvolvimento e até fazer com que se perca lavouras
As imagens em Terra Nova do Norte, Mato Grosso, mostram plantações de soja com sinais de estresse devido à seca e ao calor intenso. A semeadura em Mato Grosso atingiu 58,60% da área, com atraso em relação a 2022 (66,84%). A média dos últimos cinco anos é de 50,64%. A nível nacional, o plantio de soja atingiu 29,84% da área, comparado a 37,60% em 2022 e à média dos últimos cinco anos de 30,06%.
As previsões climáticas indicam temperaturas elevadas no Centro-Norte do Brasil, mas também a chegada do período chuvoso no Centro-Oeste. As condições climáticas no Brasil continuam sendo um fator crítico a ser monitorado, uma vez que a produção de soja no país tem impacto direto nos mercados globais. A falta de chuvas ou chuvas excessivas podem afetar significativamente a produção e os preços da soja.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.