Pesquisar
Close this search box.

Rural

Possibilidade de quebra de safra leva a projeção de VBP 0,2% menor em 2024

Publicados

em

Impactado pelas intempéries climáticas registradas no final do ano passado (seca ao norte e excesso de chuvas ao sul), que apontam para uma quebra de safra que em algumas regiões pode chegar a 20%,  o Ministério da Agricultura (Mapa) reduziu em 0,2% a estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) para 2024, fechando em R$ 1,166 trilhão.

Esse cenário reflete um leve recuo em relação aos R$ 1,168 trilhão alcançados em 2023. As projeções preliminares indicam que o faturamento das lavouras permanecerá estável, previsto em R$ 818,9 bilhões, sem variação percentual em relação a 2023.

O desempenho diversificado dos diferentes cultivos é apontado como o principal motivo para a estagnação projetada na agricultura. O milho, por exemplo, apresenta uma queda expressiva de 12,7% em 2024, atingindo R$ 123,9 bilhões. Em contrapartida, a soja mostra uma retração mais moderada, diminuindo 1,4%, mas mantendo-se como a cultura com o maior faturamento na agropecuária nacional, estimado em R$ 329,9 bilhões.

O algodão projeta uma redução significativa de 11,8%, totalizando R$ 26,8 bilhões, marcando o segundo ano consecutivo de queda acentuada. O tomate também apresenta estimativa de baixa, aproximadamente 5,5%, alcançando R$ 16,8 bilhões.

Leia Também:  CPR-Verde impulsiona mercado e produtor rural passa a ganhar dinheiro por preservar meio ambiente

Por outro lado, a maioria dos produtos agrícolas registra projeções de crescimento para 2024. Destacam-se o arroz, com aumento projetado de 29,9% para R$ 26,3 bilhões, a laranja com incremento de 28,3% atingindo R$ 26,4 bilhões, e o trigo com elevação de 24,2%, revertendo a queda de 41,7% em 2023, alcançando R$ 12,9 bilhões.

Diversos produtos como amendoim, banana, batata-inglesa, cacau, café, cana-de-açúcar, feijão, entre outros, completam a lista de altas no faturamento, contribuindo para um cenário positivo em comparação com 2023, que fechou com um VBP das lavouras de R$ 819,1 bilhões, representando um aumento de 4% em relação a 2022.

No setor pecuário, as projeções indicam uma repetição da sequência de quedas, com um recuo de 0,5% no VBP para R$ 347,2 bilhões em 2024. A carne bovina, em particular, deve enfrentar uma redução de 4,8% em sua receita, estimada em R$ 129,3 bilhões. O segmento de carne de frango, no entanto, projeta um aumento de 10,1%, ultrapassando a marca dos R$ 100 bilhões pela primeira vez. O setor de suínos, após um crescimento de 9,2% em 2023, deve ter uma expansão mais contida, com um aumento de 0,2% em 2024, atingindo R$ 34,2 bilhões.

Leia Também:  IBGE estima safra de grãos 2023/2024 em 318 milhões de toneladas

O resultado consolidado de 2023, com um VBP de R$ 1,168 trilhão, representou um crescimento de 2,5% em relação a 2022, impulsionado por um aumento de 4% na receita das lavouras e uma leve queda de 0,7% na pecuária. Mato Grosso liderou o país nesse período, registrando um VBP de R$ 185 bilhões, seguido por São Paulo (R$ 144,9 bilhões) e Paraná (R$ 143,2 bilhões), consolidando a região Centro-Oeste como responsável por mais de 31% do faturamento total do setor agropecuário em 2023.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

Publicados

em

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

Leia Também:  Safra de café em Minas Gerais: Produtividade em 2024 deve superar projeções

Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA