Rural
Safra de café em Minas Gerais: Produtividade em 2024 deve superar projeções
A safra de café 2024 no sul e centro-oeste de Minas Gerais, maior estado produtor de café do Brasil, deve superar as projeções iniciais. A informação foi divulgada pelo presidente da Cooxupé, principal cooperativa de cafeicultores de grãos arábica do país, durante debate entre produtores promovido pela Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A produtividade média por hectare deve ser superior a 29,5 sacas, acima da estimativa inicial de 29,5 sacas/ha. Essa revisão para cima se deve a dados mais recentes coletados pela Cooxupé, que indicam um cenário mais positivo para a safra.
A área em produção de café na região também deve crescer, passando de 177,155 mil hectares para 187,155 mil hectares. Com isso, a produção estimada tem potencial para superar 5,5 milhões de sacas de 60 kg, contra 5,3 milhões na safra passada.
Este aumento na produtividade e na área plantada é uma boa notícia para o setor cafeeiro mineiro, que espera uma safra recorde em 2024.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.