Rural
Sai a terceira edição da Revista Pensar Agro
Nesta 3ª edição da Revista Pensar Agro, destaca-se a retrospectiva do agronegócio brasileiro no ano de 2023. O ano teve início com desaceleração de 1,8% na economia global, acompanhada por taxas de juros elevadas, flutuações na demanda de exportação, os impactos contínuos da pandemia e as tensões resultantes do conflito entre Rússia e Ucrânia.
As pressões inflacionárias ganharam força no mercado brasileiro, desencadeando um efeito cascata em todas as etapas produtivas do agronegócio. Isso incluiu aumento nos custos dos insumos agrícolas, elevação de 15% nos preços dos combustíveis, acréscimo de 20% nos custos dos fertilizantes, queda nos preços internacionais dos commodities agrícolas e valorização do real em relação ao dólar.
Apesar de todas as dificuldades e desafios, o agronegócio brasileiro encerrou o ano com um recorde de US$ 13,48 bilhões em exportações, representando um aumento de 19,3% em comparação com dezembro de 2022. O país registrou um superávit de US$ 149,94 bilhões, um patamar 5,87% maior do que o visto em 2022. Isso reflete o êxito nas exportações, alcançando um faturamento de USD 185,1 bilhões, o maior já registrado e superando em 3,9% o faturamento de 2022. Esse resultado contribuiu para a estabilidade da balança comercial do país, representando mais de 25% do PIB brasileiro e 22% dos empregos no país.
Nesta edição, uma análise geopolítica comercial destaca o Brasil como o principal exportador de água. Além disso, a revista traz notícias do setor agrícola e artigos de especialistas, personalidades e profissionais atuantes no agronegócio, proporcionando uma visão abrangente e aprofundada do cenário atual.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.