Rural
Saldo da balança comercial do agronegócio foi de R$ 435 bilhões, até novembro
O volume exportado agronegócio brasileiro aumentou 25% até novembro de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. Esta expansão foi um dos fatores que contribuíram para que a balança comercial do Brasil caminhasse para um superávit recorde no ano, de acordo com informações do boletim do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
A despeito da queda nos preços das exportações — 10,8% para a agropecuária e 13,3% para a indústria extrativa — o incremento no volume exportado desses setores amenizou o impacto dessa redução. Em termos de valor, o setor agropecuário teve um acréscimo de 10,7% nas exportações, enquanto a indústria extrativa registrou aumento de 2,6%, ambos considerando o período acumulado até novembro.
No cenário geral, a receita de exportação do país cresceu 1%, impulsionada por um aumento de 8,7% na quantidade exportada, apesar da queda de 7% nos preços médios. As importações, por sua vez, apresentaram uma diminuição de 11,8% em valor, com volume 2,4% menor e preços médios 9,5% abaixo do ano anterior.
Superávits comerciais vieram da China (227,5 bilhões) e da Argentina (R$ 23,3 bilhões), enquanto foi registrado um encolhimento do déficit (torno de R$ 7,78 bilhões) com os Estados Unidos.
A indústria de transformação, por outro lado, teve uma redução na sua fatia de participação nas exportações totais, passando de 55,6% para 53,1%. O valor exportado por essa indústria caiu 3,6%, com volume 1,3% menor e preços 2,3% abaixo do período comparativo.
O superávit da balança comercial de novembro foi de R$ 42,78 bilhões, contribuindo para o saldo acumulado de R$ 435,1 bilhões, até novembro. Este valor já é o maior já registrado na série histórica da balança comercial do país.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.