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Rural

Seca ou chuva atrasam finalização da colheita: veja como está em cada Estado

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No último Boletim Semanal de Progresso de Safra divulgado pela Conab, observamos que 3% da soja ainda permanece no campo. Este dado é significativo, pois embora represente um avanço na colheita, está 1.5% atrás do ritmo registrado na safra anterior. Este atraso pode ser atribuído a diversas condições climáticas adversas, especialmente no estado do Rio Grande do Sul.

No Rio Grande do Sul, as chuvas frequentes continuam a dificultar a finalização da colheita, impactando negativamente tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos. A necessidade de colher nos poucos dias sem chuva tem gerado um ritmo de trabalho inconsistente, o que compromete a eficiência do processo. Além disso, as dificuldades logísticas são evidentes, com estradas bloqueadas e em más condições, dificultando o transporte e a recepção dos grãos. Essas barreiras não apenas atrasam a colheita, mas também elevam os custos operacionais.

Em Santa Catarina, as baixas temperaturas combinadas com chuvas persistentes têm impedido a redução da umidade dos grãos, comprometendo a qualidade do grão e do armazenamento da soja.

No Maranhão, a colheita foi concluída no sul do estado, indicando um progresso mais favorável em comparação a outras regiões. Entretanto, no Piauí, ainda há áreas significativas a serem colhidas, especialmente no médio Parnaíba e na região Norte. A situação no Pará é relativamente mais positiva, com a redução das chuvas permitindo um avanço substancial na colheita, particularmente nos polos de Paragominas e Santarém.

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Para os 12 estados monitorados pela Conab, a colheita progrediu para 97%, um aumento de 1.4% em relação à semana passada (95.6%), mas ainda 1.5% abaixo do mesmo período da safra anterior (98.5%).

  • Tocantins: a colheita alcançou 100%, um aumento de 1% em relação à semana passada (99.0%), mantendo-se constante com o mesmo período da safra anterior (100.0%).
  • Maranhão: a colheita cresceu para 81%, uma alta de 6% em relação à semana passada (75.0%). No entanto, está 9% abaixo do mesmo período da safra anterior (90.0%).
  • Piauí: a colheita permaneceu estável em 99% em relação à semana passada (99.0%), mas ainda 1% inferior ao mesmo período da safra anterior (100.0%).
  • Bahia: a colheita atingiu 99%, um aumento de 3% em comparação à semana passada (96.0%), igualando o desempenho do mesmo período da safra anterior (99.0%).
  • Mato Grosso do Sul: a colheita chegou a 100%, um incremento de 0.1% em relação à semana passada (99.9%), correspondendo ao mesmo nível do período anterior (100.0%).
  • Goiás: a colheita também alcançou 100%, um avanço de 1% em comparação à semana passada (99.0%), igualando o resultado da safra anterior (100.0%).
  • Santa Catarina: a colheita subiu para 97.5%, um aumento de 5.9% em relação à semana passada (91.6%). Este valor está 1.5% acima do mesmo período da safra anterior (96.0%).
  • Rio Grande do Sul: a colheita avançou para 85%, um aumento de 6% em relação à semana passada (79.0%). No entanto, ainda está 8% abaixo do mesmo período da safra anterior (93.0%).
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Com informações da Agrolink

Fonte: Pensar Agro

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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