Rural
Seguro agrícola, excluindo o oficial, movimentou R$ 11 bilhões em 2023
O mercado de seguro agrícola brasileiro, excluindo o seguro oficial, movimentou cerca de R$ 11,1 bilhões em 2023, de acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Para 2024, as projeções são otimistas, a CNseg prevê um crescimento de 23,1%, alcançando R$ 13,68 bilhões.
Esse crescimento é impulsionado por diversos fatores, incluindo o aumento da demanda por proteção contra os efeitos climáticos, já que a safra 2023/24 está sob risco de eventos como seca, granizo e geada. Além disso, a expansão da área segurada, com novas culturas e regiões sendo cobertas pelo seguro, e as melhorias na gestão de riscos pelas seguradoras também contribuem para esse cenário positivo.
Diante das adversidades climáticas, como secas, chuvas excessivas e eventos climáticos extremos, o seguro agrícola surge como uma importante ferramenta de proteção para os agricultores em todo o país.
No estado de Mato Grosso, por exemplo, um dos principais produtores agrícolas do Brasil, a conscientização sobre a importância do seguro agrícola tem crescido nos últimos anos. No entanto, ainda há uma parcela significativa de produtores que não contratam esse tipo de seguro para suas lavouras, mesmo diante dos riscos envolvidos na atividade agrícola.
O seguro agrícola oferece cobertura contra uma variedade de eventos adversos, incluindo perdas devido a condições climáticas desfavoráveis, como secas, enchentes, granizo e geadas. Além disso, também pode cobrir danos causados por pragas, doenças e incêndios, proporcionando aos agricultores uma rede de segurança financeira em caso de perdas.
Embora o seguro agrícola seja uma ferramenta importante para mitigar os riscos associados à atividade agrícola, sua adesão ainda não atingiu o nível desejado em algumas regiões do país. Muitos produtores enfrentam desafios na contratação do seguro, incluindo questões relacionadas ao custo, à disponibilidade de cobertura e à complexidade dos processos de contratação.
Para os agricultores interessados em contratar um seguro agrícola, é recomendável buscar a assistência de corretores de seguros especializados no setor agrícola. Esses profissionais podem ajudar os produtores a encontrar o melhor plano de seguro para suas necessidades específicas, levando em consideração fatores como o tipo de cultura cultivada, o tamanho da propriedade e o histórico de eventos climáticos na região.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.