Rural
Soja em Mato Grosso: custo de produção cai, mas rentabilidade ainda preocupa
O custo de produção da soja na safra 2024/25 em Mato Grosso teve uma queda de 1,33% em relação ao ciclo anterior, segundo dados do Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso (Acapa-MT), realizado pelo Imea e Senar-MT. A notícia anima os produtores, mas a rentabilidade da safra ainda gera apreensão.
O custo operacional efetivo (COE) agora se encontra em R$ 5.558,59 por hectare. Essa redução é impulsionada principalmente pela diminuição nos custos com fertilizantes e corretivos (R$ 1.724,76 por hectare) e defensivos (R$ 1.288,38 por hectare), em comparação com os valores do ciclo passado.
No entanto, alguns itens registraram aumento, como mão de obra (R$ 207,13 por hectare), manutenção (R$ 263,44 por hectare) e impostos e taxas (R$ 233,86 por hectare).
Apesar da queda no custo de produção, o ponto de equilíbrio para a rentabilidade da safra ainda é considerado alto. O Imea estima que o produtor precise vender a soja a pelo menos R$ 95,89 por saca ou alcançar uma produtividade mínima de 55,71 sacas por hectare para cobrir os custos.
O cenário incerto do mercado, com preços da soja em baixa, torna a rentabilidade da safra 2024/25 um desafio para os produtores mato-grossenses. A busca por alternativas para minimizar os riscos e otimizar o retorno do investimento será crucial para o sucesso da safra.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.