Rural
Vazio sanitário da soja começou dia 15 de junho em Mato Grosso
Começou quinta-feira (15.06), em Mato Grosso (há um calendário, com datas de cada Estado ) o período chamado de “Vazio Sanitário da Soja”. O Vazio Sanitário da Soja é um período de 60 dias, definido por lei, onde fica proibido o cultivo de soja. Durante esse período, os agricultores são obrigados a eliminar todas as plantas de soja existentes em seus campos, visando quebrar o ciclo de vida de insetos e doenças que afetam a cultura da soja.
Essas pragas podem causar danos significativos às lavouras, reduzindo a produtividade e prejudicando a qualidade dos grãos. Ao eliminar a presença da soja no campo, espera-se que a população desses insetos e doenças como a ferrugem asiática, seja drasticamente reduzida, diminuindo a necessidade de uso de agrotóxicos e contribuindo para uma produção mais sustentável.
O ALERTA – Desde sua introdução no Brasil, em 2001, a ferrugem asiática da soja é a mais severa doença da cultura. Segundo levantamentos do Consórcio Antiferrugem, a doença pode levar a perdas de até 80%, se não for controlada, enquanto os custos com o controle da ferrugem e de outras doenças para os agricultores no Brasil excedem US$ 2 bilhões por safra.
O fungo é capaz de se adaptar às estratégias de controle, seja pela perda da sensibilidade aos fungicidas ou da “quebra” da resistência genética presente em algumas cultivares de soja, de modo que o número de soluções práticas para o controle da doença ainda é limitado.
De acordo com a pesquisadora Claudia Godoy, da Embrapa Soja, as estratégias de manejo estão centradas em práticas como o Vazio Sanitário, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início da época recomendada como estratégia de escape da doença, a adoção de cultivares resistentes, o respeito ao calendário de semeadura e a utilização de fungicidas.
Fonte: Pensar Agro
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.