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10 alimentos saudáveis ricos em carboidratos para inserir na dieta

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10 alimentos saudáveis ricos em carboidratos para inserir na dieta
Manoella Bittencourt

10 alimentos saudáveis ricos em carboidratos para inserir na dieta

Carboidratos – mesmo os saudáveis – foram considerados culpados pelo ganho de peso em muitas dietas da moda. Mas eles são a principal fonte de combustível do corpo e, ao eliminar esse macronutriente de sua dieta, você corre o risco de se sentir lento e enfrentar desafios de saúde.

“As pessoas precisam aprender e entender que nenhum alimento engorda, desde que consumido com moderação e na quantidade e da maneira certa”, afirma a nutricionista Natália Colombo.

O corpo depende de macronutrientes suficientes para funcionar corretamente. “Esses alimentos são considerados como uma espécie de combustível para o organismo. Quando são queimados no nosso organismo por um processo metabólico, eles se transformam em água e gás carbônico e, com isso, liberam energia”, explica a profissional.

Além disso, o carboidrato é fundamental para a produção da serotonina, que é um neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar, conforme aponta a especialista. “Sem o carboidrato, a pessoa pode ter crises de ansiedade , compulsão alimentar, sintomas depressivos”, alerta Natália Colombo.

Para tornar esse macronutriente um aliado, mesmo em dietas para emagrecimento, veja os 10 principais alimentos saudáveis ricos em carboidratos!

1. Quinoa

A quinoa é uma semente nutritiva que se tornou incrivelmente popular. Classificada como pseudocereal, ela é uma semente preparada e consumida como um grão. Cozida, ela contém 70% de carboidratos. No entanto, também é uma boa fonte de proteínas e fibras.

“[A quinoa é] eficiente na prevenção de enfermidades crônicas, como a osteoporose , doenças do coração e outras alterações femininas decorrentes da carência de estrogênios na menopausa”, explica a nutricionista Queila Turchetto.

Além disso, é rica em muitos minerais e compostos vegetais e tem sido associada a diversos benefícios para a saúde, incluindo melhor controle do açúcar no sangue. Ademais, não contém glúten, tornando-se uma alternativa ao trigo para aqueles com dieta livre de glúten.

2. Batata-doce

Os carboidratos presentes na batata-doce são classificados como complexos, o que significa que são compostos por cadeias de moléculas de glicose interligadas. Isto é, eles são digeridos e absorvidos mais lentamente pelo organismo, resultando em um aumento gradual nos níveis de açúcar no sangue, proporcionando uma energia mais estável e duradoura em comparação com carboidratos simples, como açúcares refinados.

Além disso, as batatas-doces são raízes vegetais deliciosas e nutritivas, ricas em vitamina A e C e potássio. São repletas de antioxidantes , compostos que ajudam a neutralizar os radicais livres prejudiciais para as células, o que pode ajudar em relação à prevenção de doenças crônicas.

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3. Leguminosas

As leguminosas, queridinhas dos adeptos da alimentação vegana ou vegetariana, são alimentos que oferecem uma rica combinação de carboidratos e proteínas. Grão-de-bico, ervilha, lentilha e soja são exemplos de leguminosas que contêm aminoácidos essenciais para o bom funcionamento do organismo.

Adicionar o alimento cozido às saladas e às refeições principais é uma escolha nutritiva e saborosa, fornecendo energia e contribuindo para a manutenção de uma dieta equilibrada. Seu alto teor de carboidratos, potássio, cálcio e ferro é especialmente importante, pois esses nutrientes são a principal fonte de energia do corpo.

4. Feijão-preto

O feijão é uma escolha excelente de carboidrato saudável. Ele pode ser cozido e servido como prato principal, usado em saladas, sopas, ensopados e guisados. O feijão-preto também pode ser usado para fazer hambúrgueres vegetarianos, tacos e burritos.

Além de ser uma boa fonte de carboidratos e fibras, o feijão-preto também é rico em proteína, zinco, vitaminas B e ferro. Este último é importante para a formação de hemoglobina, uma proteína que transporta oxigênio no sangue. O zinco é importante para o sistema imunológico e, por sua vez, as vitaminas B são fundamentais para o metabolismo energético.

Carboidrato do milho-verde é originado do amido (Imagem: Africa Studio | ShutterStock)

5. Milho-verde

A maioria dos carboidratos do milho-verde vem do amido, que pode elevar rapidamente o nível de açúcar no sangue, dependendo da quantidade consumida. No entanto, ele também é rico em fibras, que podem ajudar a equilibrar os níveis desse açúcar.

Devido ao seu perfil nutricional, muitos indivíduos podem se beneficiar ao incluir o milho-verde integral e a pipoca em sua dieta equilibrada. Além disso, esse alimento é naturalmente livre de glúten, podendo ser consumido por aqueles com restrição alimentar.

6. Aveia

A aveia em flocos é uma boa fonte de carboidratos complexos, vitaminas e minerais. De acordo com a nutricionista Daniela Medeiros, esse cereal é fundamental para uma alimentação saudável. “A aveia tem carboidratos de absorção lenta, que dão a sensação de saciedade por mais tempo, auxiliando no emagrecimento”, explica.

A aveia também é uma boa fonte de betaglucanos, um tipo de fibra que pode ajudar a reduzir o colesterol. A presença de fibras na aveia também é relevante , pois ajudam a reduzir o colesterol LDL (“mau” colesterol) no sangue, contribuindo para a saúde cardiovascular. Além disso, as fibras promovem a saúde digestiva, auxiliando na regulação do trânsito intestinal e na prevenção da constipação.

7. Banana

As bananas são uma ótima fonte de energia rápida, especialmente para pessoas ativas ou para aqueles que precisam de um impulso de energia antes de atividades físicas, visto que é comumente inserida em receitas de pré-treino.

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“O aporte adequado de carboidrato na alimentação melhora o desempenho durante o exercício, e uma ingestão inadequada desse nutriente pode causar cansaço e fadiga durante o treino. Os estoques desse nutriente no nosso organismo são bastante limitados – ao contrário dos estoques de gordura”, acrescenta.

A banana é uma fruta versátil que pode ser usada em uma variedade de pratos; pode ser consumida crua, cozida ou assada. Também pode ser usada para fazer sucos, vitaminas, bolos, tortas e panquecas. Ainda, contêm fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, o que a torna uma fruta saudável que pode ser incluída em uma alimentação balanceada.

8. Arroz integral

O carboidrato no arroz integral é principalmente na forma de amido, que é um tipo de carboidrato complexo. Diferentemente do arroz branco, que passa por um processo de refinamento que remove o farelo e o germe, a versão integral mantém todas as suas partes, e isso faz com que ela seja uma opção mais nutritiva e rica em fibras.

O alimento é amplamente reconhecido por seus benefícios nutricionais. Por exemplo, as fibras encontradas no arroz integral são benéficas para a saúde digestiva e ajudam a regular o trânsito intestinal.

De modo geral, os grãos também ajudam a diminuir o apetite e a controlar a glicemia. “Por serem alimentos muito fibrosos, eles diminuem a velocidade de absorção de uma refeição, o que é bom, pois diminuem o apetite e a liberação de hormônios que nos fazem ganhar peso”, completa o nutricionista Fernando Castro.

9. Beterraba

A beterraba é um vegetal de raiz doce e pode ser consumida tanto crua quanto cozida. Rica em carboidratos, é conhecida por sua cor vibrante . Ela pode ser usada em saladas, sucos, sopas, com assados e acompanhamentos. É uma excelente fonte de nutrientes, incluindo vitaminas, minerais e antioxidantes, tornando-a uma adição saudável e saborosa à dieta.

10. Castanha-do-pará

As castanhas-do-pará são saudáveis e podem ser incluídas em uma dieta balanceada. Usadas como snack , podem ser utilizadas para substituir aperitivos pouco nutritivos e ultraprocessados. De acordo com a nutricionista Natália Colombo, as oleaginosas – grupo das castanhas – devem fazer parte de uma alimentação saudável porque são compostas por gorduras boas.

“Elas regulam os níveis de colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom), prevenindo arteriosclerose e hipertensão, contribuindo para um coração e um cérebro mais saudável”, explica.

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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