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3 dicas para reduzir o uso de telas do seu filho

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Redação EdiCase

3 dicas para reduzir o uso de telas do seu filho

Com o avanço da tecnologia, cada vez mais pessoas se tornaram reféns e acabaram perdendo o controle entre o uso saudável e excessivo deste recurso. Apesar de ser comum entre pessoas de todas as idades, são as novas gerações que mais sofrem os impactos negativos. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil revelam que 89% da população entre 9 a 17 anos estão conectadas, representando 24,3 milhões de crianças e adolescentes. O levantamento realizado em 2019 traz um panorama dos impactos que o uso sem limites pode causar ao desenvolvimento da criança.

Aumento do uso durante a pandemia

Durante o período da pandemia, o uso de telas aumentou consideravelmente, seja para assistir às aulas a distância ou até como forma de distração. Esse uso intenso por crianças e adolescentes, que ainda estão desenvolvendo diferentes estruturas e regiões cerebrais, pode gerar um comportamento alterado pelo excesso de virtualidade – maior irritabilidade e agressividade são as principais mudanças percebidas.

Prejuízos do uso de telas

Sob o lema “Menos telas, mais saúde”, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), entre 2019 e 2021, alerta para uma série de problemas provocados pela chamada intoxicação digital que podem ir de transtornos de saúde mental (irritabilidade, ansiedade e depressão) a questões físicas (problemas posturais e musculares devido ao sedentarismo) e sociais, como cyberbullying e exposição à sexualidade precoce e abusos.

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Reduzindo o uso de telas

Entenda como propor atividades e criar uma rotina diferenciada com as dicas de Miriam Sales, coordenadora pedagógica da Mind Lab , empresa que visa mudar a realidade socioeconômica e educacional do Brasil, incluindo a abordagem socioemocional no dia a dia das escolas.

1. Priorize momentos presenciais

Esteja presente e seja viva esses momentos com o seu pequeno sem distrações, brinque, ensine, acolha e converse com ele de forma transparente e segura, demonstrando, assim, o equilíbrio entre todas as atividades. Envolva a criança em atividades e brincadeiras que movimentem o corpo e estimulem a liberação de energia. Marque encontros com colegas/família em parques e demonstre a importância de realizar essa troca presencialmente. O contato com a natureza também ajuda a criança a desenvolver novas habilidades.

2. Tenha uma rotina

O equilíbrio e a rotina são superimportantes para o desenvolvimento da criança e é dessa forma que ela passa a entender como é essencial ter disciplina e organização. Assim, ela consegue desempenhar suas atividades com mais facilidade, além de criar um diálogo saudável e tranquilo. Um ótimo recurso para utilizar é a prática nos esportes. Matricule o seu pequeno em alguma atividade física e explore suas habilidades.

Faça combinados/acordos com as crianças sobre o tempo que poderão ficar on-line. Estimule conteúdos mais criativos e educativos. E claro, monitore todos os programas e utilize todas as ferramentas disponíveis nos dispositivos para garantir a segurança, enquanto eles utilizam tablet, smartphone ou televisão.

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3. Evite as telas à noite

Com a rotina e uma organização bem-estabelecida, evite que a criança tenha contato com as telas durante o período da noite. Estudos demonstram que a luz azul emitida pelos dispositivos afeta a qualidade do sono. Então, converse e explique que, ao escurecer, esses recursos não serão utilizados. Seja criativo e aproveite muito os livros, os brinquedos e os métodos que podem proporcionar momentos de qualidade e de mais presença e menos ausência.

Esteja presente

É um tanto quanto desafiador manter a criançada fora da tela, já que muitas famílias acabam utilizando esse recurso como forma de distração para o filho, explica a coordenadora. “Nada substitui o contato físico, as memórias e recordações que essa criança terá, além disso, como já mencionado, o uso em excesso prejudica as atividades cognitivas e comportamentais no desenvolvimento infantil. Apesar da importância dessa ajuda virtual, ela não deve substituir o tempo de afeto e convivência social com o seu filho. Não negligencie os momentos de troca entre vocês, utilize os recursos com sabedoria e, o mais importante, esteja sempre presente”, finaliza Miriam.

Por fim, não se culpe se não conseguir fazer tudo isso sempre. Alguns dias serão mais difíceis que outros. Reconhecer e conversar sobre isso é uma chance de reencontrar o ponto ideal da sua família. Ter você por perto já é uma das melhores lembranças que seu filho vai ter deste período.

Por Grazieli Binkowski

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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