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Anabolizantes podem causar aneurisma? Veja os riscos do uso contínuo

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Fisicultura e Youtuber alemão  morre vítima de aneurisma aos 30 anos
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Fisicultura e Youtuber alemão morre vítima de aneurisma aos 30 anos

A notícia da morte do fisiculturista alemão Jo Lindner, que faleceu aos 30 anos na Tailândia, no ínício da semana, devido a um aneurisma, acendeu os questionamentos sobre a relação do uso de anabolizantes e os problemas de saúde que as substâncias podem causar.

Em entrevista concedida recentemente, Lindner confessou que utilizava esteroides anabolizantes e relatou ter uma doença muscular que tornava seus músculos anormalmente sensíveis ao movimento ou pressão. Três dias antes de falecer, o fisiculturista havia reclamado de uma dor no pescoço, mas não imaginou que poderia se tratar de alguma condição séria de saúde.





Esteróides anabolizantes podem causar aneurisma?

Um aneurisma é uma dilatação anormal e enfraquecida de uma artéria ou vaso sanguíneo. Essa dilatação cria uma espécie de “bolha” ou protuberância na parede do vaso. Ele pode ocorrer em diferentes partes do corpo, como no cérebro (aneurisma cerebral), na aorta (aneurisma aórtico) ou em outras artérias, e podem ser causados por diversos fatores, como pressão alta, trauma, infecções, doenças genéticas, tabagismo e uso de drogas, entre outros.

Em alguns casos, os aneurismas podem ser assintomáticos. No entanto, dependendo do tamanho, localização e condição, ele pode apresentar sintomas e até mesmo romper, levando a complicações graves e potencialmente fatais, como hemorragia interna.

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De acordo com Mateus Reghin, médico neurocirurgião da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo , ainda que nenhum trabalho científico tenha relacionado diretamente aneurismas a anabolizantes, “essas substâncias, caso prescritas inadvertidamente, podem fazer mal aos sistemas cardiovascular e circulatório, fazendo com que, indiretamente, tenha influência no desenvolvimento e na ruptura de aneurismas”.

De acordo com o médico, o uso das substâncias pode ser indicada por um profissional de saúde em alguns casos, mas não são recomendados para fins estéticos.

“Existem algumas indicações do uso, como em algumas situações de hipogonadismo (baixa produção hormonal), mas as indicações são para a população em geral, e não especificamente para praticantes de atividade física. Os anabolizantes podem causar uma série de efeitos colaterais prejudiciais, como riscos cardiovasculares, alterações hormonais, problemas emocionais, danos hepáticos e outros”, enfatiza o Mateus Reghin.

O uso prolongado destas substâncias pode causar váias complicações para a saúde. Alguns dos problemas que podem ocorrer incluem:

  • Distúrbios hormonais:

O uso prolongado de anabolizantes pode interferir no sistema endócrino, levando à supressão da produção natural de hormônios, como a testosterona, resultando em desequilíbrios hormonais.

  • Danos cardiovasculares:

Os anabolizantes podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

  • Danos hepáticos:

Alguns anabolizantes são hepatotóxicos, o que significa que podem causar danos ao fígado. Isso inclui condições como hepatite, tumores hepáticos e disfunção hepática.

  • Problemas psicológicos:

O uso prolongado de anabolizantes pode estar associado a alterações de humor, irritabilidade, agressividade e até mesmo a distúrbios psiquiátricos, como a síndrome de dependência.

  • Efeitos sobre o sistema musculoesquelético:

O uso crônico de anabolizantes pode aumentar o risco de fraturas e lesões musculares.

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Essas complicações podem variar de acordo com o tipo de anabolizante usado, a dosagem, a duração do uso e a suscetibilidade individual. O médico Matheus Reghin reforça que o uso de anabolizantes para fins estéticos é extremamente desaconselhado e ilegal.

“É importante enfatizar que não existe um atalho seguro ou saudável para alcançar resultados estéticos desejados. Recomenda-se enfaticamente que as pessoas busquem métodos seguros e saudáveis, como uma dieta equilibrada, exercícios físicos adequados e acompanhamento profissional, como um nutricionista ou um educador físico, para alcançar seus objetivos estéticos de maneira segura e sustentável”, recomenda.

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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