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Saúde

Câncer de intestino, como de Preta Gil, é o 2º mais frequente no país

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Cantora Preta Gil revelou diagnóstico de câncer de intestino nessa terça-feira (11)
Tânia Rêgo/Agência Brasil – 12/01/2020

Cantora Preta Gil revelou diagnóstico de câncer de intestino nessa terça-feira (11)

Embora o câncer de intestino , também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal , seja mais comum nas pessoas acima dos 50 anos, cada vez mais jovens vêm sendo diagnosticados com a doença que os ex-jogadores  PeléRoberto Dinamite tinham. Recentemente, a cantora Preta Gil também revelou ter descoberto um tumor na parte final do intestino .

Este tipo de câncer é o segundo mais frequente do Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma e, individualmente, do câncer de mama para as mulheres , e de próstata para os homens .

A doença exige atenção, pois não costuma apresentar sintomas no estágio inicial, o que pode dificultar sua detecção precoce. De acordo com a oncologista Luana Fiuza, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, alguns sinais, porém, exigem atenção, como:

  • Sangue nas fezes;
  • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
  • Massa (tumoração) abdominal.

A médica ressalta que a presença de um ou mais destes sintomas não significa que o paciente necessariamente esteja com câncer , já que eles pode ser causados por diversas doenças gastrointestinais, como úlceras ou inflamação do cólon, mas que necessitam de tratamento.

Causas

Ainda não se sabe exatamente quais são as causas do câncer de cólon e de reto , mas alguns fatores de risco influenciam o desenvolvimento da doença, como ter mais de 50 anos, excesso de peso, uma alimentação não saudável (sem frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras), não praticar atividade física, fumar e ingerir bebidas alcoólicas.

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O consumo de carnes processadas, como salsicha, presunto e bacon, e uma alimentação com excesso de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco deste tipo de câncer , segundo a oncologista.

Os hábitos de vida são, inclusive, um dos motivos que têm causado aumento de casos da doença em pessoas mais jovens.

Outros fatores de risco são:

  • Histórico familiar: embora a maioria dos casos ocorra sem histórico familiar, 30% dos pacientes diagnosticados têm familiares que foram acometidos pela doença;
  • Doenças hereditárias: as pessoas que herdaram mutações genéticas que causam este tipo de câncer são apenas 5% e devem fazer acompanhamento médico;
  • Doenças inflamatórias: devido a inflamações nas paredes colorretais, pessoas que têm doença de Crohn e colite ulcerativa têm maior rico de desenvolver a doença.

Como evitar o câncer colorretal?

Além de evitar o consumo de carnes processadas, a alimentação, segundo a médica, precisar ser rica em fibras (frutas, vegetais e grãos) e pobre em gorduras animais.

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Praticar atividade física  na maioria dos dias da semana também diminui as chances de desenvolver a doença . Após os 50 anos, o recomendado é realizar os exames anualmente para detecção precoce e tratamento de lesões e pólipos que possam surgir.

Cantora descobriu câncer no intestino após ser internada no Rio de Janeiro
Reprodução/Instagram

Cantora descobriu câncer no intestino após ser internada no Rio de Janeiro

Os pólipos , de acordo com Luana Fiuza, podem ser benignos (a grande maioria) ou malignos. Os que têm maior potencial maligno, podem ser descobertos e retirados pela colonoscopia , prevenindo o surgimento de um câncer de cólon e reto. O exame é feito por meio da inserção de um aparelho chamado colonoscópio — que tem uma câmera na ponta — no intestino .

A confirmação da doença ocorre por biópsia, ao fazer a retirada de um pedaço de tecido por colonoscopia ou por retossigmoidoscopia (exame endoscópico para avaliar o canal anal, reto e cólon).

Tem cura? Como é feito o tratamento?

Quando diagnosticado na fase inicial, o câncer de intestino tem altas chances de cura. “A taxa de sobrevida em 5 anos para os pacientes com diagnóstico precoce chega a 90%”, afirma a médica.

O tratamento, segundo ela, depende do tamanho, localização e extensão do tumor, principalmente. Os quatro métodos centrais de tratamento para este tipo de câncer são: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia.

O médico que estiver acompanhando o paciente pode indicar uma única forma de tratar a doença ou fazer uma combinação entre elas.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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