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Cientistas criam ‘pênis biônico’ que promete combater disfunção erétil

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Descoberta científica promete ser usada contra disfunção erétil
Ryan / Unsplash

Descoberta científica promete ser usada contra disfunção erétil

Na China , cientistas desenvolveram um “pênis biônico”. O tecido artificial restaurou a função peniana em porcos e promete, no futuro, ser usado em humanos em casos de disfunção erétil . O produto imita uma bainha fibrosa de tecido que é necessária — chamada túnica albugínea — para manter as ereções, que bombeira sangue para o pênis .

Os porcos envolvidos no estudo recuperaram a função normal de ereção com a ajuda do produto desenvolvido, de acordo com especialistas da Universidade de Tecnologia do Sul da China .

“Nós previmos amplamente os problemas e resultados do processo de construção da túnica albugínea artificial (ATA), mas ainda assim ficamos surpresos com os resultados dos experimentos com animais, onde o pênis recuperou a ereção normal imediatamente após o uso”, disse o autor do estudo e pesquisador da universidade Xuetao Shi.

Segundo o especialista, a pesquisa de sua equipe agora quer focar nos problemas de saúde reprodutiva masculina, entre eles, disfunção erétil,  infertilidade e doença de Peyronie — distúrbio que causa dor no pênis .

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É estimado que cerca de metade dos homens que têm entre 40 e 70 anos sofrem, de alguma forma, de disfunção erétil. Além disso, aproximadamente 5% sofrem com a doença de Peyronie.

Em estudos passados, pesquisadores tentaram consertar o tecido danificado da túnica albugínea, mas fazendo remendos de outros tecidos no corpo de um paciente. O problema desse método é que o sistema imunológico pode rejeitar ou haver complicações.

Dessa forma, os cientistas chineses agora desenvolveram o ATA à base de álcool polivinílico, que possui uma estrutura de fibra enrolada parecida com a do tecido natural. Assim, não há risco de rejeição.

Durante as pesquisas, os profissionais constataram que o material artificial não deve ser prejudicial ao corpo. Eles, então, testaram o produto em porcos miniatura com lesões em sua túnica albugínea.

Nos testes, os cientistas descobriram que o material restaurou a  função erétil a tal ponto que era quase o equivalente ao tecido peniano normal. Depois de analisarem por um mês, constataram que ele ajudou a alcançar uma ereção normal após o pênis ser injetado com solução salina.

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“Nosso trabalho nesta fase se concentra no reparo de um único tecido no pênis, e o próximo estágio será considerar o reparo do defeito peniano geral ou a construção de um pênis artificial de uma perspectiva holística”, disse Shi.

O pesquisador ainda planeja restaurar outros tipos de tecidos, como o do coração e da bexiga.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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