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Covid-19: China suspende restrições de vistos a estrangeiros

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OMS volta a demonstrar preocupação com a condução da pandemia de Covid-19 na China
Reprodução / BBC News – 21.12.2022

OMS volta a demonstrar preocupação com a condução da pandemia de Covid-19 na China

A partir desta quarta-feira (15), a China vai retomar a emissão de vários tipos de visto para estrangeiros, de acordo com o ministério das Relações Exteriores, suspendendo as restrições que estão em vigor desde o começo da pandemia de Covid-19 .

O país, assim, dá mais um passo na reabertura ao mundo, poucos meses após começar a desarmar a estratégia restritiva adotada pelos chineses, a chamada ” Covid Zero “, que foi imposta por quase três anos em decorrência da doença. 

Além da revisão e aprovação de novos vistos, os documentos de viagem emitidos antes do dia 28 de março de 2020 que ainda estão vigentes também serão válidos para entrar na China, conforme nota do escritório de assuntos consulares do ministério publicada nas redes sociais.

Comunicados relacionados ao assunto também foram publicados em sites de representações diplomáticas chinesas no exterior, incluindo as embaixadas nos Estados Unidos e França.

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A decisão faz com que outros viajantes também consigam entrar no país sem visto, como os que chegam de cruzeiros para Xangai ou grupos de turistas vindos de Hong Kong, Macau e alguns países do sudeste asiático.

Antes da pandemia , a  China recebeu 65,7 milhões de visitantes internacionais em 2019, segundo dados da Organização Mundial do Turismo, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) . A maioria dos países, porém, reabriram as fronteiras para viajantes muito antes, enquanto a China começou a abandonar as medidas restritivas apenas no fim do ano passado, depois de uma onda de protestos da população contra as restrições .

As  manifestações ocorreram no fim de novembro de 2022 e pediam mais liberdade. Algumas pessoas chegaram a pedir a renúncia do presidente Xi Jinping. Mais tarde, no início de dezembro, as autoridades chinesas anunciaram o fim da política “Covid Zero”, mas a decisão provocou um aumento expressivo no número de casos da doença .

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No período, Pequim anunciou que os viajantes vindos de outros países não precisavam mais cumprir quarentena , mas manteve as restrições de vistos para estrangeiros. O governo disse que “continuaria a ajustar sua política de vistos para estrangeiros que visitam a China de maneira científica e dinâmica, de acordo com (…) a situação da pandemia”.

Também retomou o processamento de passaportes chineses para “turismo” ou “visitas de amigos ao exterior”.

Agora, o anúncio da abertura acontece após uma sessão do Parlamento nacional, que confirmou o terceiro mandato de Xi Jinping como presidente e nomeou seu aliado Li Qiang como primeiro-ministro .

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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