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Covid: hospitais na China estão lotando com infectados, adverte OMS

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BBC News Brasil

Covid: hospitais na China estão lotando com infectados, adverte OMS
Thomas Mackintosh – BBC News

Covid: hospitais na China estão lotando com infectados, adverte OMS

Thomas Mackintosh – BBC News

Os hospitais na China parecem estar lotando em meio a preocupações com a nova onda de covid-19 que atinge o país, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Michael Ryan, chefe de emergências da OMS, afirmou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão ocupadas, apesar das autoridades dizerem que os números são “relativamente baixos”.

Os dados oficiais mostram que ninguém morreu de covid na quarta-feira (21/12), mas há ceticismo em relação ao real impacto da doença.

Nos últimos dias, hospitais em Pequim e em outras cidades ficaram lotados, à medida que a nova onda de covid atinge o país.

Desde 2020, a China impôs restrições rigorosas como parte de sua política de “covid zero” .

Mas o governo suspendeu a maioria dessas medidas há duas semanas, após protestos históricos contra os controles rígidos.

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Desde então, o número de casos disparou, levantando temores em relação a uma alta taxa de mortalidade entre os idosos, que são particularmente vulneráveis.

Apesar do aumento, os números oficiais mostram que apenas cinco pessoas morreram de covid na terça-feira (20/12), e duas na segunda-feira (19).

Isso levou o chefe de emergências da OMS, Michael Ryan, a fazer um apelo à China para que forneça mais informações sobre a nova onda de propagação do vírus.

“Na China, o que foi reportado (oficialmente) é um número relativamente baixo de casos em UTIs, mas os relatos são de que as UTIs estão lotando”, afirmou.

“Temos dito isso há semanas, que esse vírus altamente contagioso sempre será muito difícil de deter completamente, apenas com saúde pública e medidas sociais”.

Em sua entrevista coletiva semanal em Genebra, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que está “muito preocupado com a evolução da situação na China”.

Ele pediu dados específicos sobre a gravidade da doença, internações hospitalares e a necessidade de terapia intensiva.

Ryan acrescentou que “a vacinação é a estratégia para escapar” dos surtos de coronavírus.

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A China desenvolveu e produziu suas próprias vacinas, que demonstraram ser menos eficazes na proteção das pessoas contra doenças graves e morte por covid do que as vacinas de mRNA usadas em grande parte do resto do mundo.

As declarações dele foram feitas enquanto o governo alemão anunciou na quarta-feira que havia enviado seu primeiro lote de vacinas BioNTech contra covid-19 para a China.

O presidente da China, Xi Jinping, e o chanceler alemão, Olaf Scholz

EPA
O chanceler Olaf Scholz (à esquerda) pressionou para que as vacinas alemãs BioNTech fossem disponibilizadas aos cidadãos chineses

As vacinas alemãs devem ser aplicadas inicialmente em expatriados na China — estima-se que haja cerca de 20 mil.

É a primeira vacina estrangeira contra a covid-19 a ser entregue na China, embora não tenham sido divulgados detalhes sobre quando vai chegar ou o tamanho da remessa.

No mês passado, durante uma visita a Pequim, o chanceler alemão, Olaf Scholz, fez pressão para que a vacina também fosse disponibilizada gratuitamente aos cidadãos chineses.

– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64063055

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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