Saúde
Dicas para se exercitar sem precisar ir à academia
A falta de atividade física é fator de risco para diversas doenças, principalmente as cardiorrespiratórias. “Os exercícios físicos oferecem inúmeros benefícios, entre eles melhora na capacidade cardiorrespiratória e pulmonar, fortalecimento, aumento de força e do tônus muscular, diminuição de massa gorda e aumento e manutenção da massa magra, melhora na flexibilidade e melhoras funcionais em atividades do cotidiano”, explica o personal trainer Vinicius Viotto.
Como inserir exercícios na rotina?
Além da saúde, se você quer começar a se exercitar para melhorar a autoestima , é preciso começar a se mexer. Visando driblar a falta de tempo, de dinheiro ou o distanciamento social, é possível realizar exercícios físicos aeróbicos e anaeróbicos em casa ou na rua. Só será necessário ter disciplina e determinação.
Para começar a encaixar alguma atividade física no dia a dia, o educador físico Wagno Freitas sugere algumas opções bem simples, como subir escada em vez de pegar elevador, descer dois pontos antes do local de trabalho e caminhar um pouco mais no lugar de pegar carro e táxi.
Cuidados antes de iniciar a prática
Alguns treinos específicos para fortalecer a musculatura podem ser feitos em casa com objetos bem simples. Entretanto, Wagno Freitas alerta que é recomendado consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade, a fim de que ele providencie alguns exames específicos e verifique se você está apto a praticar determinadas atividades físicas. “E não podemos fazer exercícios físicos sem a presença de um profissional da área, para que não ocorra nenhum tipo de lesão”, ressalta.
Exercícios para fazer em casa
Após tomar todos os cuidados necessários, é possível iniciar as atividades físicas e aproveitar todos os benefícios que elas proporcionam. “Usando a criatividade, é possível exercitar-se em casa. Podemos utilizar garrafas de plástico cheia de água, cadeiras ou até saquinhos de feijão para realizar alguns exercícios”, aponta Vinicius Viotto.
Segundo o professor, dá para fazer um agachamento livre segurando nas mãos saquinhos de feijão como sobrecarga, usar uma cadeira para apoiar as mãos e realizar o exercício tríceps no banco. “Deitados no chão, podemos realizar alguns tipos de abdominais, e os mesmos ‘saquinhos’ podem ser usados para fazer uma elevação lateral para os ombros, uma flexão dos cotovelos (rosca simultânea) para o bíceps, uma extensão dos cotovelos (tríceps francês) e muitos outros”, enumera.
Atividades aeróbicas para fazer em casa
Além de exercícios de musculação localizada, existem atividades aeróbicas que podem ser feitas em casa, como pular corda. “É aconselhável, primeiro de tudo, fazer um bom fortalecimento muscular, pois a corda gera muito impacto para as articulações. Depois, sugerimos que a atividade seja feita com pequenos intervalos: pular 1 minuto e descansar 30 segundos ou pular 2 minutos e descansar 1 minuto”, aconselha Wagno Freitas.
De acordo com o professor Vinicius Viotto, esse é um exercício que traz diversos benefícios. Como exemplos, pode-se citar queima de gordura, aumento da capacidade cardiorrespiratória e pulmonar, aumento do fortalecimento e tônus muscular, consciência corporal, entre outros.
Fonte: Saúde
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
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