Saúde
Dieta desintoxicante: confira cardápio para segunda-feira
A dieta detox, também conhecida como dieta de desintoxicação, é um tipo de alimentação que visa limpar o organismo das toxinas e substâncias prejudiciais que podem acumular-se ao longo do tempo. É um regime alimentar que consiste em consumir alimentos naturais e saudáveis, como frutas, legumes, verduras, sucos e chás, enquanto se eliminam alimentos processados, industrializados, ricos em gordura e açúcares refinados.
“O objetivo da dieta é a identificação, eliminação e redução de toxinas (antinutrientes), modulação do paladar e recuperação da atividade funcional do organismo, corrigindo funções digestivas e a permeabilidade alterada do intestino”, explica a nutricionista funcional Helouse Odebrecht.
Por que realizar a dieta detox?
A dieta detox ajuda a eliminar os excessos que, ao longo do tempo, se acumulam e impedem que o organismo funcione de forma correta, causando um desequilíbrio que pode enfraquecer o corpo. A detoxificação ocorre em todas as partes do corpo, com destaque para o fígado, intestino e rim, porém envolve também pulmões, epitélio nasal, cérebro, células imunológicas, pele, entre outros órgãos.
“A dieta é recomendada em situações em que o indivíduo esteja com alguns sinais e sintomas de intoxicação e desequilíbrio funcional do corpo, como enxaquecas frequentes, dores no corpo, retenção de líquidos, histórico de má alimentação e maus hábitos, entre outros aspectos que serão identificados em uma consulta individual”, explica Helouse Odebrecht.
Cuidados importantes
Como é impossível blindar o corpo contra esses agentes estressantes, é recomendável realizar a dieta eventualmente, para promover uma faxina geral no organismo. É importante mencionar que a dieta detox não deve ser realizada por longos períodos e que, após o término dos dias estabelecidos pelo nutricionista, deve-se manter uma alimentação balanceada e saudável.
Cardápio detox para segunda-feira
Veja, a seguir, o cardápio elaborado pela nutricionista Renata Fidelis e comece a semana de forma mais leve!
Café da manhã
- 200 ml de leite de soja
- 1 fatia de melão
Lanche da manhã
- 200 ml de suco de uva
Almoço
- Canja de frango com cenoura e vagem
- 200 ml de suco de caju
Lanche da tarde
- 1 xícara de chá de gengibre com maçã e abacaxi
Jantar
- Sopa de legumes com carne
Ceia
- 200 ml de leite desnatado
Canja de frango com cenoura e vagem
Ingredientes
- 1 frango cortado em pedaços
- 1/2 colher de sopa de manjericão
- 1 dente de alho
- 3 cenouras cortadas em fatias
- 3 cebolas cortadas em rodelas
- 300 g de vagem cozida
- 3 abobrinhas cortadas em rodelas
- 6 xícaras de chá de água
- Pimenta-do-reino e sal a gosto
Modo de preparo
Em uma panela de pressão, coloque a água, o frango, o manjericão, o sal, a pimenta-do-reino, o alho e deixe ferver. Abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por 40 minutos após iniciar a pressão. Desligue o fogo, espere sair a pressão e retire os pedaços de frango. Reserve o caldo e desfie o frango. Retire a gordura da superfície do caldo que ficou reservado, junte o frango desfiado, a cenoura, a cebola e a vagem. Leve ao fogo médio para ferver, abaixe o fogo, tampe a panela e cozinhe por 20 minutos. Acrescente a abobrinha e cozinhe por mais 10 minutos. Desligue o fogo e sirva em seguida.
Fonte: Saúde
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.