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Diretor da OMS diz que nomeação de Nísia para a Saúde é ‘excelente’

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Diretor da OMS
FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Diretor da OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) , Tedros Adhanom Ghebreyesus, elogiou nesta quarta-feira (04) elogiou a escolha de Nísia Trindade para o Ministério da Saúde . O chefe da entidade também disse que o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está “comprometido” a saúde no Brasil.

“A nomeação para o Ministério da Saúde é excelente”, disse o diretor-geral. “O presidente Lula está muito comprometido com a saúde em seu país […]. Estamos empenhados em trabalhar com ele”, afirmou Tedros Adhanom em coletiva a jornalistas.

Nísia foi empossada no dia 2 de janeiro e é a primeira mulher a assumir a Saúde no Brasil. Em discurso, a ministra afirmou que sua gestão “será pautada pela ciência e pelo diálogo com a comunidade da científica”.

A ministra também falou que o último governo foi um “período de obscurantismo, de negação da ciência e da cultura, que destruiu valores emancipatórios”.

Quem é Nísia Trindade?

No dia 22 de dezembro, o presidente Lula da Silva (PT) anunciou que escolheu a atual presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, para assumir o Ministério da Saúde na sua gestão.

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Em 2017, a cientista social se tornou a primeira mandatária mulher da história da Fiocruz em 116 anos, um marco na história da instituição. Agora, também deixa sua marca entre as gestões brasileiras ao ser a primeira mulher escolhida para comandar a Saúde.

Nos últimos anos, Nísia participou ativamente dos debates sobre a saúde pública no Brasil, por conta do trabalho da Fiocruz na produção de vacinas contra o coronavírus.

Natural do Rio de Janeiro, Nísia tem 64 anos e é doutora em Sociologia e mestre em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro.

Antes, ela se graduou em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Sua tese de doutorado, ‘Um Sertão Chamado Brasil’, conquistou o Prêmio de Melhor Tese de Doutorado em Sociologia no Iuperj.

A pesquisadora tem uma extensa carreira na Fiocruz, onde ingressou em 1987. De 1999 a 2005, Nísia foi diretora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), unidade voltada para a pesquisa e memória em ciências sociais, história e saúde. Ela também atuou na Editora Fiocruz de 2006 a 2011, onde implementou a Rede SciELO Livros.

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Em 2021, Nísia foi condecorada com o grau de Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra da França (Ordre National de la Légion d’Honneur), em reconhecimento ao seu trabalho nas áreas da Ciência e da Saúde, em particular pelas ações da instituição no enfrentamento da pandemia.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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