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Saúde

Doença que matou Rita de Cássia atinge pulmão e é mais comum em homens

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Cantora Rita de Cássia morreu aos 50 anos no Ceará
Reprodução / Instagram – 02.09.2022

Cantora Rita de Cássia morreu aos 50 anos no Ceará

A cantora e compositora de forró Rita de Cássia morreu nessa terça-feira (3), em Fortaleza (CE), vítima de fibrose pulmonar idiopática, aos 50 anos . É estimado que a doença atinja de 14 a 43 em cada 100 mil pessoas. No Brasil , há entre 13 e 18 mil habitantes diagnosticados com a condição.

Além disso, a doença é mais comum em homens com mais de 50 anos e pode estar associada ao tabagismo .

Rita era uma das mais importantes compositoras de forró do Brasil e autora de hits como “Meu Vaqueiro”, “Meu Peão” e “Saga de um Vaqueiro”. A cantora já teve canções gravadas por bandas e artistas como Mastruz com Leite, Amelinha,  Aviões do Forró e Frank Aguiar .

Conforme o Ministério da Saúde, a fibrose pulmonar idiopática é definida como uma forma crônica específica da pneumonia , dessa forma, não se cura rapidamente e avança para os pulmões .

As causas individuais da doença ainda são desconhecidas, e ela pode levar ao aparecimento de cicatrizes nos pulmões, que fazem com que o paciente sinta dificuldade para respirar.

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De acordo com Rafael Faraco, médico pneumologista na rede de hospitais São Camilo de São Paulo, existem vários tipos de fibrose pulmonar, sendo a fibrose pulmonar idiopática um tipo específico. O termo “idiopático” é utilizado justamente para pessoas diagnosticadas com a doença , mas que a causa não pode ser exatamente detectada.

Segundo o médico, os sintomas variam de acordo com a gravidade da doença. Na maioria das vezes, a tosse está presente e, dependendo do quadro, os pacientes apresentam falta de ar e fadiga — que costumam piorar com o tempo e, em um estágio mais avançado, podem se tornar limitantes e dificultar a realização de tarefas simples do dia a dia, como tomar banho.

“Perda de peso e de massa muscular também podem estar presentes nos casos graves”, explica Faraco.

Além de as causas não serem definidas, também não há um fator que preveja se a condição do paciente vai evoluir lenta ou rapidamente.

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“Cada pessoa se manifesta de uma forma, existem pessoas cuja progressão da doença é muito rápida, ou seja, meses após o diagnóstico. Outras, progridem de forma mais lenta, levando alguns anos, se tratando de uma doença progressiva”, afirma o médico, que cita o  tabagismo e infecções pulmonares como fatores de risco para a piora do quadro.

Dessa maneira, não fumar , reduzir os riscos de  infecção deixando o calendário de vacinação em dia e procurar avaliação médica precocemente são formas de prevenir a fibrose pulmonar idiopática e reduzir os riscos de progressão da doença.

A condição não tem cura, mas, hoje em dia, o tratamento pode ser feito por meio de medicamentos anti-fibróticos, que retardam o avanço da doença e melhoram a qualidade de vida do paciente.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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