Saúde
Dor durante a relação sexual: conheça as principais causas e os tratamentos
Uma relação sexual sugere momentos de carinho, entrega e dedicação à outra pessoa. No entanto, o que é para ser um momento prazeroso, pode se tornar um período de desconforto e dores profundas para algumas mulheres.
De acordo com Felipe Lorenzato, ginecologista e doutor em Patologia Molecular pela University College London (UCL), além da doença inflamatória pélvica, outras enfermidades também podem causar dores durante a relação sexual. “Doenças Sexualmente Transmissíveis como herpes simples, candidíase vaginal, vulvodínia ou cancro mole predispõem à dor superficial”, afirma.
Vaginismo
A dor também pode indicar outro tipo de problema, como o vaginismo. “Trata-se de uma contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacente ao terço inferior da vagina , quando é tentada ou imaginada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou espéculo”, conceitua o Dr. Felipe Lorenzato.
Importância das preliminares
Para evitar dores, vale lembrar a importância das preliminares e de criar uma atmosfera propícia para acolher o momento da relação sexual. “Um ambiente relaxante, música, uma boa conversa, o desejo sexual , a troca de carícias, beijos, estimulação dos mamilos e a sensação tátil na região anogenital, principalmente na área periclitorideana, levam à excitação feminina…”, reforça o médico.
Redução do desejo sexual ou libido
Quando não há condições ou tempo para uma excitação e consequente lubrificação adequada, a probabilidade de desconforto durante a relação aumenta e as chances de se chegar ao orgasmo são menores. “Isso explica porque algumas mulheres podem sentir desconforto no ato sexual , o que por sua vez pode diminuir o desejo sexual ou libido”, afirma o Dr. Felipe Lorenzato.
Lubrificação vaginal na menopausa
A fase da menopausa também pode diminuir a lubrificação vaginal. O Dr. Felipe Lorenzato explica que a condição se caracteriza por ao menos 12 meses seguidos de ausência de menstruações, sem vínculo com gravidez, associada a um conjunto de sintomas, e diminui os níveis de estrogênio, que é um hormônio feminino. “Por isso, durante a menopausa as mulheres podem experimentar certo desconforto no ato sexual, mas um tratamento pode tranquilamente aliviar o problema”, complementa.
Endometriose pode causar dor
A ginecologista Dra. Cecília Roteli relaciona a endometriose como outra causa possível para o incômodo durante o sexo. “Isso ocorre pois os tecidos que estão normalmente dentro do útero crescem fora do órgão e podem causar dor na pelve.”
Formas de tratamento
O tratamento para as dores, segundo a Dra. Cecília Roteli, dependerá da causa, e pode ser feito por meio de:
- Antibióticos ou antifúngicos: para os casos de infecções na vagina ou bexiga
- Cremes lubrificantes para o caso de secura vaginal sem causa aparente
- Cremes com hormônios para os casos de mulheres na menopausa
- Psicoterapia para os casos de dor por problemas psicológicos como traumas de infância e outros
- Cirurgia para alguns casos de endometriose
Porém, somente os médicos terão condições de diagnosticar qual a causa da dor. “Além do exame físico e ginecológico, existem alguns testes como exames de urina e de fluidos vaginais, que irão ajudar a fazer o diagnóstico correto e orientar o tratamento”, conclui a médica.
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.
-
ALPINÓPOLIS E REGIÃO2 dias atrás
JÚRI POPULAR ABSOLVE RÉU QUE TENTOU MATAR EX-ESPOSA COM 5 FACADAS
-
Minas Gerais3 dias atrás
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
-
Brasil e Mundo4 horas atrás
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
-
ARTIGOS4 horas atrás
A licença-paternidade e o desafio de não elevar ainda mais o Custo Brasil