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Entenda as causas e os tipos de pedras nos rins

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Entenda as causas e os tipos de pedras nos rins
Redação EdiCase

Entenda as causas e os tipos de pedras nos rins

Recentemente, o jornalista e apresentador Felipe Andreoli compartilhou, em suas redes sociais, que passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de cálculos renais, as famosas “pedras nos rins”. Condição muito dolorosa, ela costuma aparecer em uma a cada dez pessoas ao longo da vida e pode ser potencializada por diversos fatores.

“Doenças e condições muito atuais como obesidade, pressão alta, diabetes e obesidade são fatores de risco para a formação de pedras nos rins “, explica a nefrologista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Ainda segundo ela, essa é uma doença que tende a se repetir e, muitas vezes, necessita de intervenção médica. “O paciente pode necessitar de diversas intervenções cirúrgicas e internações, reduzindo sua qualidade de vida, levando ao absenteísmo no trabalho e até a quadros de dor crônica, quando os cálculos não são devidamente tratados/investigados”, afirma.

Formação dos cálculos renais

Mas, afinal, os cálculos são sempre iguais? “Não! Há diversos tipos. Saber exatamente do que é feito o cálculo renal fará toda a diferença para o tratamento direcionado contra a sua formação”, explica a Dra. Caroline Reigada.

De forma geral, as pedras se formam quando há excesso de alguma substância na urina, como cálcio, oxalato e ácido úrico (originando cristais), ou quando falta citrato na urina, considerado um protetor contra a formação de cálculo. “Tudo isso pode ocorrer quando o pH (acidez) da urina se modifica. Além disso, quando ingerimos pouca água, urinamos pouco. Logo, esses cristais ficam saturados na urina, formando os chamados cálculos”, destaca a médica.

Tipos de cálculos mais comuns

Os principais tipos de cálculo renal são: de cálcio, de ácido úrico, de estruvita, de medicamentos e de cistina. “O cálculo de cálcio é o mais comum, representando 90% casos […]. A baixa ingestão de água e a de cálcio (isto mesmo, ingerir pouco cálcio) são fatores que levam a esse tipo de cálculo”, explica a nefrologista.

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O consumo de cálcio é importante para a saúde. “Cuidado com as orientações antigas. Não corte o cálcio de sua dieta (leite e derivados). Estudos já comprovaram que a falta de cálcio na dieta pode estimular a formação de pedras e que, ao contrário do que se pensava, o paciente com cálculo deve ingerir uma quantidade normal de alimentos com cálcio por dia”, acrescenta a Dra. Caroline Reigada.

Cálculo de ácido úrico

O cálculo de ácido úrico é mais comum em homens e representa 8% de todos os casos. “A dieta com purinas em excesso (frutos do mar e carnes) leva à maior produção de urato monossódico, que pode virar pedra. Esse tipo de pedra pode ter influência familiar”, diz a médica.

Cálculo de estruvita

O cálculo de estruvita representa 1% dos casos, mas são os que mais crescem e podem bloquear os pontos do sistema urinário onde se encontram. “Eles são raros e associados à infecção. Se não tratados, podem ocasionar perda da função dos rins “, afirma a Dra. Caroline Reigada.

Cálculos de medicamentos

Com incidências menores que 1%, existem também os cálculos de medicamentos (como os antivirais aciclovir e indinavir e o diurético triantereno) e de cistina (em pessoas com uma doença renal crônica chamada cistinúria, uma doença genética familiar).

Tratamentos para pedras nos rins

A médica nefrologista enfatiza que, atualmente, existem várias opções de tratamento para retirada de pedra, como:

  • Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO): quebra as pedras por ondas de choque aplicadas sobre a pele;
  • Ureterolitotripsia : as ondas de choque são aplicadas diretamente no cálculo através de um endoscópio (um tipo de cateter com uma câmera na ponta) inserido pelo orifício da uretra até o ureter;
  • Nefrolitotripsia percutânea : pequena cirurgia realizada através de um corte de 1 cm na pele da região lombar e introdução de um endoscópio para localizar o cálculo. “A pedra é quebrada e os fragmentos são retirados com auxílio de pinças”, destaca a médica;
  • Cirurgia aberta : pouco realizada nos dias de hoje, geralmente é feita nos cálculos coraliformes (pedras de tamanho grande que são formadas pela presença de alguns tipos de bactérias na urina).
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Diagnóstico da doença

O diagnóstico é feito por meio da investigação da causa das pedras e se há alguma doença por trás dessa formação. “A investigação consiste basicamente na análise de algumas substâncias (cálcio, citrato e ácido úrico) na urina coletada em 24 horas, dosagem de algumas substâncias no sangue (cálcio, fósforo, paratormônio e gasometria venosa) e revisão da dieta para verificar se há algum desvio que favoreça a formação das pedras”, diz a Dra. Caroline Reigada.

Importância do tratamento para pedras nos rins

Após o diagnóstico, é importante seguir adequadamente o tratamento indicado pelo médico. “Caso não se trate corretamente, em 5 anos haverá 50% de chance de o paciente voltar a ter cálculos renais, com nova dor e sintomas relacionados à passagem da pedra pelo trato urinário, até a obstrução do rim, que requer cirurgia de urgência”, finaliza a médica.

Por Maria Claudia Amoroso

Fonte: Saúde

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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