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Entenda como a perda auditiva influencia a saúde mental

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Entenda como a perda auditiva influencia a saúde mental
Redação EdiCase

Entenda como a perda auditiva influencia a saúde mental

A perda auditiva é caracterizada pela diminuição da capacidade de audição, o que dificulta a comunicação e a percepção. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 2,5 bilhões de pessoas no mundo viverão com algum grau de perda de audição até 2050, isto é, uma em cada quatro pessoas.

Muitas pessoas não sabem, mas a perda auditiva e a saúde mental estão conectadas. Isso porque a comunicação é um dos principais fatores afetados. Logo, é importante entender como o declínio da audição pode impactar no bem-estar das pessoas.

“Problemas de comunicação decorrentes da perda auditiva podem provocar frustração, isolamento, solidão, e é muito comum encontrar isso na população idosa”, explica a fonoaudióloga Maria Branco, do Grupo Microsom, empresa especializada em qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais como perda auditiva, zumbido no ouvido e apneia do sono.

Tudo isso, segundo a especialista, se dá pois os problemas auditivos resultam em dificuldades na comunicação e na interação social, levando até a questões mais graves, como depressão.

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Consequências da perda auditiva

Um estudo da instituição estadunidense para surdez e outros transtornos de comunicação (NIDCD), apontou que a taxa de depressão entre as pessoas com deficiência auditiva nos Estados Unidos é de 11%, comparada a 5% da população que apresenta audição normal.

Além dos danos emocionais, que pioram a qualidade de vida , a perda auditiva ainda oferece riscos físicos. Existem estudos que relacionam problemas de audição a diabetes, doenças cardiovasculares, além de possíveis quedas relacionadas à falta de equilíbrio.

A deficiência auditiva também põe o indivíduo em risco de morte, como por atropelamento ou situações de perigo, ao contribuir para que as pessoas corram mais riscos. Além disso, outro grande alerta relacionado à saúde é o declínio cognitivo, que pode levar à demência.

Sinais que indicam perda de audição

Segundo Maria Branco, é possível observar alguns sinais iniciais que indicam que o indivíduo tem perda auditiva. Ela dá alguns exemplos:

  • Aumentar muito a televisão;
  • Dificuldade para falar ao telefone;
  • Não escutar o relógio;
  • Dificuldade para conversar.
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“Ao observar um ou mais desses fatores, o paciente deve ser encaminhado rapidamente para um profissional e iniciar o tratamento “, indica a fonoaudióloga.

Aparelhos que ajudam a melhorar a audição

Entre os idosos, a perda auditiva é uma das principais condições enfrentadas. Porém, a realidade atual indica que poucas pessoas buscam os cuidados e tratamentos adequados. Segundo um estudo da NIDCD, aparelhos auditivos e outros dispositivos que podem ajudar pessoas com problemas de audição são usados apenas por um em cada quatro adultos que poderiam se beneficiar dessas soluções. “É muito importante lembrar da necessidade de avaliar a audição regularmente e, se identificar perda auditiva, buscar auxílio imediatamente”, explica Maria Branco.

O uso de aparelhos auditivos, segundo a especialista, promove uma reabilitação e recuperação auditiva que devolverá a habilidade de conviver de maneira saudável em sociedade, diminuindo as possíveis consequências físicas e emocionais. “Essa reabilitação melhora os estímulos sonoros, e fará com que a pessoa escute melhor, trazendo-a de volta para situações sociais”, conclui a especialista.

Por Beatriz Bradley

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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