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Entenda por que nem todos os remédios curam doenças

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Entenda por que nem todos os remédios curam doenças
Redação EdiCase

Entenda por que nem todos os remédios curam doenças

Vamos refletir sobre alguns assuntos importantes neste contexto. Primeiramente, a singularidade de cada ser humano; em segundo plano, o mercado farmacológico; e, para finalizar, vamos analisar o quanto as pessoas trocam os bons hábitos por facilidades.

Seres humanos são singulares

Já somos cerca de 8 bilhões de habitantes no planeta, e ninguém é igual a ninguém. Nossas individualidades nos colocam num status de “especiais”, não existem cópias, não existem as mesmas vontades, não existem reações idênticas. Se para tudo somos seres diferentes, por que pensamos que o mesmo remédio funcionaria igualmente em todos os organismos?

Nossa estrutura física, nossos sistemas orgânicos e principalmente nosso cérebro não reagem igualmente. Sendo assim, todo remédio deveria ser personalizado para funcionar individualmente e melhor. Mas essa não é a nossa realidade.

Seguindo com nossa reflexão, vejamos a estrutura de produção dos farmacológicos. Seria mais oneroso produzir remédios personalizados, portanto a indústria define as doses das drogas em cápsulas, e todos, ou quase todos, tomam a mesma quantidade. Será que isso é eficiente para a saúde ou para o lucro?

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Busca por facilidade prejudica o corpo

Terminando, quero chamar a atenção para a busca do ser humano por facilidades. Que bom seria tomar um remedinho e emagrecer o quanto gostaríamos, que maravilha tomar um comprimido e ver nossas angústias desaparecerem, ou, ainda, que sensacional passar uma pomadinha e instantaneamente perceber as dores sumirem.

Iludidas por essas irrealidades das facilidades, muitas pessoas deixam de movimentar seu corpo , escolher alimentos mais saudáveis, buscar ajuda psicológica, compartilhar carinho, amor e dosar seu tempo entre o trabalho e a vida familiar, social e pessoal. Isso, por sua vez, prejudica a sua saúde.

Afeto também é remédio

Assim, acredito que existam doenças que não são curáveis por remédios, mas são tratadas por um abraço, por uma frase de amor, por uma caminhada despretensiosa, por um gesto de caridade ou, até mesmo, por uma identificação consciente de que nossas limitações e fragilidades fazem parte de nós. Os caminhos dos bons hábitos nem sempre são os mais fáceis, mas certamente serão os mais eficientes e singulares. Experimente.

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Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 129).

Por Anderson do Prado-Pinduca

Psicanalista e personal trainer

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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