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Eu não sabia que isso era tão importante para quem tem diabetes

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Tom Bueno com a glicose alta
Arquivo pessoal

Tom Bueno com a glicose alta

Eu estou sempre falando tanto sobre monitorar a glicose, não é? Principalmente, nas dicas sobre o que o diabético pode ou não comer, mas isso deveria ser um hábito para quem tem diabetes.

Monitorar a glicemia é estar atento ao caminho que a glicose está seguindo. Tudo pode influenciar. Tudo mesmo e não é só a comida.

Eu mesmo, quando descobri o diabetes, eu achei que isso não fazia diferença, mas ao começar a passar mal, percebi que não era um “capricho” monitorar a glicemia. Aliás, pelo contrário, comecei a perceber que isso era fundamental se eu quisesse melhorar o meu tratamento e ter uma vida com mais qualidade.

Daí a importância de entender o que pode acontecer quando a gente não vê como está a glicose no sangue.

Uma coisa eu posso dizer, é como dirigir com uma venda nos olhos. Neste texto vou trazer informações para que você entenda o que eu demorei 5 anos para entender sobre os cuidados com o diabetes

Os fatores que afetam sua glicemia Afinal, o que impacta na glicemia? O principal fator é a alimentação, com seus carboidratos, gordura e proteínas. Todo carboidrato que você consome, por exemplo, vai virar glicose no sangue. Mas, para além do que você come, alguns medicamentos também são responsáveis pelo aumento ou queda da glicose. E sabe o que mais? O estresse! Isso mesmo, sua alteração de humor, aquele momento que você está sobrecarregado e irritado, pode desregular sua glicemia.

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A importância do acompanhamento Imagine só: você está dirigindo um carro, que é seu diabetes. Mas você está conduzindo com uma venda nos olhos. Você não sabe para onde está indo, está completamente perdido e vulnerável a sofrer as consequências. É assim quando você não monitora sua glicemia. O hormônio é volátil, independente se a pessoa tenha ou não diabetes, ele pode subir ou descer. Mas, para quem tem a doença, essa inconstância pode ser muito prejudicial, por isso é importante estar sob o controle da glicemia e não o contrário.

Quando monitorar? Tem muita gente que me escreve falando que só mede a glicose em jejum. Bom, no começo eu acredito ser importante monitorar mais vezes ao dia, para conhecer melhor como o seu corpo funciona e reage.  O ideal seria fazer a medição em jejum, antes de comer e duas horas depois de se alimentar. Dessa forma, você percebe um padrão e conhece melhor seu corpo. Para quem tem diabetes tipo 1 ou tipo 2 e faz uso de insulina é importante monitorar mais vezes ao dia. O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza o aparelho e as tiras para quem faz uso de insulina.

Tom Bueno com a glicose baixa
Arquivo pessoal

Tom Bueno com a glicose baixa

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Isso sem contar que algumas cidades ou até estados brasileiros distribuem para quem atende os critérios estabelecidos em um protocolo o sensor de glicose que faz o monitoramento contínuo. É importante verificar na Secretaria de Saúde da sua cidade para que você receba caso tenha o direito.

Faça por você! Muitas pessoas com diabetes fazem o acompanhamento médico certinho, mas só avaliam a glicose quando está na presença do médico.

O que é bom e pode resultar em orientações preciosas vindas de um especialista. Porém, saber e fazer esse monitoramento rotineiramente, sozinho, é também crucial. O médico não está o tempo todo com você para dizer quando você está bem ou não, então, é você quem deve estar atento a isso.

Tome as decisões certas, se informe, faça o controle regular da sua glicemia. Não deixe para ter essa atitude quando já estiver com os níveis de glicose altos ou baixos demais. O controle é para você se antecipar, evitar o pior.

Por isso, educação em diabetes para a população e para os profissionais de saúde é tão importante. Só assim vamos mudar a realidade do tratamento do diabetes no Brasil e mais, melhorar a qualidade de vida das pessoas que não controlam a glicemia e acabam tendo complicações graves no futuro.

Que saber mais sobre diabetes e ter acesso gratuito ao Programa completo de Educação em diabetes? Acesse o Portal Um Diabético .

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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