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Géis energéticos: saiba como usar esses suplementos alimentares

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Géis energéticos: saiba como usar esses suplementos alimentares
Redação EdiCase

Géis energéticos: saiba como usar esses suplementos alimentares

Géis energéticos conquistaram o seu lugar no esporte. Com absorção quase que instantânea, de tamanho compacto e com grande contribuição de energia, eles são perfeitos para treinos e competições. Porém, muita gente não se acostuma com eles. Como usar, onde usar e por que usar? Contamos para você.

O que são e por que são feitos?

Antes de mais nada, é essencial esclarecer que existem inúmeros tipos de géis energéticos no mercado hoje. E é justamente isso, a grande variedade, que muitas vezes causa confusão e erros na hora de tomá-los. Em geral, entende-se um gel energético como um suplemento alimentar com textura pastosa (existem de líquidos a geleias compactas) que fornece uma grande quantidade de carboidratos com diferentes sabores.

A base de qualquer gel será sempre uma grande proporção de hidratos de carbono e, a partir daí, podemos encontrar diferentes aditivos como vitaminas ou estimulantes, mas o que nos interessa é o seu aporte energético: os hidratos de carbono. Entre os hidratos de carbono mais utilizados nestes géis, a glicose é sem dúvida o mais comum e conhecido, mas existem muitos outros, como frutose, xaropes ou maltodextrina.

Quando os tomamos durante atividades aeróbicas, como andar de bicicleta, eles garantem um suprimento instantâneo de energia, pois sua absorção pelo organismo é muito rápida. Por isso, eles são essenciais em qualquer competição de ciclismo.

Como e quando tomar um gel energético

Em geral, a resposta para quem deve tomar um gel energético é simples: praticamente qualquer atleta que queira manter seu desempenho de forma constante, sem altos e baixos. Os carboidratos armazenados na forma de glicogênio e glicose são a principal fonte de energia utilizada pelo nosso corpo nas atividades aeróbicas.

É por isso que se recomenda tomar um gel energético a cada 30 ou 40 minutos de atividade. Essa estimativa de tempo dependerá da quantidade de carboidratos no gel. No mercado, eles existem nos formatos de 20 e 25 g.

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6 dicas para tomar géis energéticos

Para alguns, géis energéticos nunca falham. Contudo, para outros, podem ser como a roleta-russa, pois nem sempre dão o mesmo resultado. Este é o problema com esses géis, você tem que testá-los bem em diferentes situações. Eles parecem diferentes para cada um de nós e, às vezes, podem causar o efeito oposto. Portanto, você deve tomar essas dicas como regras gerais , e o melhor é ficar atento à dica número 6 para saber o que realmente funciona para você.

1. Escolha géis que contenham apenas carboidratos (se você puder encontrá-los)

Com os géis energéticos, procuramos um aporte rápido de hidratos de carbono. Atualmente, a maioria inclui vitaminas, aminoácidos, sais etc. Entretanto, essas adições, muitas vezes, têm uma função mais de atrair o comprador do que no desempenho do gel.

2. Comece aos poucos

Quando você toma um desses géis, está incorporando uma grande quantidade de glicose no estômago. Às vezes, se a ingestão do gel for feita de uma só vez, pode causar náuseas e dores de estômago. Se você os tomar aos poucos, seu corpo assimilará melhor, e você poderá evitar efeitos adversos.

3. Como ingerir

Os chamados hidrogéis são géis que já incorporam uma grande quantidade de água. Isso facilita a assimilação do gel pelo nosso corpo. É por isso que, se tomarmos um gel normal, é aconselhável fazer isso acompanhado de um pouco de água (aproximadamente 150 ml).

Porém, se, em vez de água, tivermos uma bebida isotônica, pense que algumas dessas bebidas já contêm glicose e estaríamos incorporando um grande número de açúcares de uma só vez. Isso pode resultar em alterações gastrointestinais, por causa da dificuldade de absorção.

4. Quantos géis tomar

Os géis nos dão o tipo de energia que nosso corpo consome primeiro – alguns géis são específicos para ultradistância -, ou seja, se comemos bem antes de nosso passeio de bicicleta, não precisaremos tomá-los até que tenhamos gasto cerca de 90 minutos de esforço.

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Se, como regra, tomamos um gel antes do treino, mesmo tendo comido um pouco antes, podemos sofrer os efeitos hipoglicêmicos mencionados anteriormente. Desses 90 minutos, podemos tirar um a cada 30 ou 40 minutos de atividade. Você descobrirá o número total de géis que pode tomar de acordo com a tolerância do seu organismo.

5. Experimente diferentes sabores e texturas e os combine!

Em passeios longos ou percursos de mais de 2-3 horas, o ideal é que a nossa alimentação não consista apenas em géis. Mesmo assim, se tomarmos vários durante o mesmo passeio, é bom variar os sabores e até alternar sabores salgados e doces. Isso porque o enjoo que esses géis podem produzir pode fazer com que você evite comer certos alimentos e, portanto, provocar o aparecimento imediato de fadiga.

6. Treine a ingestão de géis durante a atividade

Até agora, o mais comum era consumir cerca de 30-60g de carboidratos por hora para atividades aeróbicas. Contudo, nos últimos anos, a tendência vem mudando e, atualmente, alguns atletas de elite consomem até 90 g de carboidratos por hora para aumentar seu desempenho. Van der Poel é um deles.

Esse aumento na ingestão de carboidratos só é aceitável quando há uma adaptação do intestino tolerável a essa quantidade. Uma boa dica é experimentar várias marcas e tipos de géis nos treinos, para que, em competições ou saídas mais importantes, eles não causem problemas.

C om assessoria especial de Janaina Porto Alegre

Nutricionista, triatleta e maratonista. Pós-graduada em Nutrição Esportiva e Fitoterapia. Experiência clínica e prática com atletas profissionais e amadores de Endurance.

Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 129) .

Por revista Bicicleta

Fonte: IG SAÚDE

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Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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