Pesquisar
Close this search box.

Saúde

Novela “Vai na Fé”: veja por que é difícil sair de um relacionamento abusivo

Publicados

em

Novela “Vai na Fé”: veja por que é difícil sair de um relacionamento abusivo
Redação EdiCase

Novela “Vai na Fé”: veja por que é difícil sair de um relacionamento abusivo

Durante a exibição da novela “Vai na Fé”, sucesso no horário das 7h00 na Rede Globo, o público tem assistido ao personagem Theo, interpretado por Emílio Dantas, cometer uma série de comportamentos abusivos contra a sua esposa Clara, vivida por Regiane Alves. Na trama, o personagem trai, humilha e agride constantemente a companheira, que se isola do restante do mundo e se vê sem alternativas para seguir.

Saindo de um relacionamento abusivo

Essa pode até parecer uma abordagem nova para as telas, mas infelizmente é a realidade de cerca de 18 milhões de mulheres no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Apesar de o assunto não ser novo, abordá-lo na novela tem gerado dúvidas entre os espectadores, que se questionam sobre o motivo pelo qual Clara não sai da relação.

“Primeiramente, é difícil se separar de um relacionamento de uma forma geral. Isso acontece porque as mulheres fazem um autoinvestimento nas relações. Mulheres são educadas para o amor, são educadas para entender que dependem delas para que haja uma relação de sucesso, e isso acaba se tornando uma conquista pessoal. Ou seja, ter uma família, um marido e filhos ainda é visto como algo de importante na sociedade atual, então abrir mão disso não é nada fácil”, explica a psicóloga Luanna Debs.

Leia Também:  Relacionamento de Fred e Larissa chega ao fim: ‘Ele está focado no trabalho e no filho’

Consequências psicológicas das relações abusivas

Segundo Luanna Debs a própria dinâmica do relacionamento que aprisiona a mulher também dificulta que ela saia do relacionamento abusivo. Isso se dá porque há uma espécie de “morde e assopra”, em que não há uma violência constante e não há momentos duradouros de paz, porém, ao mesmo tempo, não é um comportamento contínuo do abusador, havendo uma oscilação.

“Essa oscilação causa confusão mental, insegurança, culpa, medo, vergonha nas mulheres. Outro ponto importante e que também dificulta a saída do relacionamento abusivo é o isolamento dessas mulheres, fazendo com que elas parem de se enxergar, percam a capacidade de avaliação do relacionamento que estão vivendo, já que nossos conceitos, regras, valores são construídos a partir dos contatos sociais”, afirma a psicóloga.

Ter uma rede de apoio é fundamental para que uma pessoa decida sair de um relacionamento abusivo (Imagem: Freepik | Freepik)

Importância da rede de apoio

A psicóloga explica que um dos fatores primordiais para que a personagem de Regiane Alves consiga sair do relacionamento abusivo é justamente se livrar do seu isolamento. “Esse é um ponto muito importante da recuperação de uma mulher que está saindo de uma relação abusiva, de ter uma rede de apoio que irá escutar sem julgá-la, potencializando sua autoestima e sua segurança”, afirma a profissional, que completa afirmando que Helena, a amante de Clara, pode proporcionar essa ajuda.

Leia Também:  Murilo Huff desabafa sobre críticas ao novo relacionamento: ‘Eu fico muito magoado’

No entanto, segundo Luanna Debs, é importante ressaltar que nem sempre isso acontece com todas as mulheres , principalmente pelo fato de elas não possuírem uma rede de apoio que as ajudem nessa recuperação. A psicóloga ainda explica que muitas pessoas acreditam que a rede de apoio significa pessoas próximas. Contudo, um familiar pode até incentivar a culpabilidade que a mulher está sentindo; por isso, é importante procurar especialistas.

Por Sarah Monteiro

Fonte: Saúde

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

Publicados

em

A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

Leia Também:  Letícia Colin é cotada para papel principal em nova novela: ‘Horário nobre’

O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

Leia Também:  Após assumir relacionamento, Key exibe foto agarradinha com namorado: ‘Saudade’

Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA