Saúde
Saiba como os alimentos termogênicos favorecem o emagrecimento
Os alimentos termogênicos são grandes aliados de quem busca perder peso de maneira saudável, pois aceleram o metabolismo e aumentam a temperatura interna corporal. Assim, queimam calorias e ajudam a emagrecer.
Segundo Roseli Rossi, nutricionista especialista em nutrição funcional, qualquer alimento é capaz de ativar o gasto calórico no processo de digestão. Porém, não tanto quanto os alimentos que têm ação termogênica, pois estes aumentam a temperatura do corpo, que precisará “trabalhar” para voltar à temperatura normal.
Como consumir os alimentos termogênicos
Cafeína, guaraná em pó e chá-verde são exemplos de termogênicos (e os mais eficientes) que conseguem aumentar o metabolismo em um percentual entre 10 e 15%. “Mas para que façam efeito no organismo é importante combiná-los com uma alimentação balanceada e exercícios. Caso contrário, os termogênicos não farão nenhuma diferença”, explica Roseli Rossi.
“É bom consumi-los pela manhã ou até às 16h00, pois esses alimentos atuam no sistema nervoso central e colocam a pessoa no estado de alerta”, esclarece a profissional. Justamente por isso, Roseli Rossi lembra que hipertensos e pessoas que têm problemas para dormir devem evitar consumir alimentos termogênicos.
Como utilizá-los corretamente
Se você pretende começar a consumir alimentos termogênicos para aumentar o metabolismo, procure um nutricionista. “Somente um profissional saberá acrescentar esses alimentos em uma dieta balanceada”, argumenta Roseli Rossi. Além disso, deve-se usar diariamente uma quantidade considerada segura pelos nutricionistas.
Inclusive, para conseguir o efeito dos termogênicos, a quantidade nem precisa ser grande. “O gengibre, por exemplo, pode ser usado na salada, no chá ou no tempero de aves e peixes, e a pimenta pode ser acrescentada na alimentação ”, explica a nutricionista.
Importância dos exercícios físicos e alimentação saudável
Marta Rochelle, nutricionista especializada em nutrição esportiva, explica que alimentos naturalmente termogênicos são uma opção para quem deseja aumentar o metabolismo e queimar calorias, porém, a ação deles é pequena. “Quem deseja emagrecer mesmo precisa fazer exercícios e ter uma alimentação saudável. Não existe mágica”, aconselha.
Cuidado com o uso de suplementos termogênicos
A nutricionista Marta Rochelle também alerta sobre o uso de suplementos termogênicos disponíveis no mercado fitness . “O nível de cafeína nesses suplementos é tão grande que aumenta muito os batimentos cardíacos, podendo causar taquicardia, ansiedade, aumento da pressão arterial e até ataques de pânico. Fuja desses suplementos!”, avisa. Por isso, o consumo de suplementos alimentares deve sempre ser recomendado por nutricionistas.
Fonte: IG SAÚDE
Saúde
Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil
A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.
Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.
O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.
“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.
Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.
O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente. “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.
Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’
Exemplo mineiro
Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.
Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.
“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.
Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.