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Saiba como preparar o filho mais velho para a chegada de um novo bebê

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Redação EdiCase

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O nascimento de um  novo bebê  requer preparo em casa não só dos pais, mas também dos filhos mais velhos. A nova criança pode trazer um turbilhão de sentimentos, e a família terá que procurar uma forma de proporcionar equilíbrio nessa nova fase. Esse processo não é automático, mas existem estratégias para torná-lo mais leve.

psicóloga Nanda Perim  aponta que o primeiro passo é criar novas formas de incluir o bebê na rotina da família antes mesmo do nascimento dele. A especialista indica usar uma pelúcia para representá-lo e ensinar o filho mais velho sobre como tratar o irmão caçula, principalmente se a criança tem menos de 4 anos. Essa é uma forma de abrir espaço e incluir o bebê no raciocínio do irmão mais velho e trazer o conceito de que o caçula não vem para tirar, mas sim para somar.

“Além disso, sugiro preparar a rotina da casa. A mudança deve começar 4 meses antes do nascimento, para nos 2 últimos meses estar consolidada. Por exemplo: com a chegada do bebê, quem vai cuidar da rotina do mais velho? Como serão os horários? Se for o pai, meses antes de o irmão mais novo chegar, é importante que a criança mais velha se acostume com o pai como responsável por essa rotina. Ele começa junto com a mãe, e aos poucos ela se retira dessas funções. Quando sair de cena e o pai ficar sozinho, o mais velho já terá se acostumado com esse novo formato. Assim, na chegada bebê, ele será a única novidade; todas as outras mudanças já terão acontecido”, aconselhou.

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Ainda dentro desse método de usar o bichinho de pelúcia, ele será útil para ensinar a criança mais velha a cuidar do irmão mais novo. A psicóloga cita que, em caso de crianças menores de 4 anos, não há ainda uma coordenação motora fina desenvolvida; ela não sabe controlar os impulsos.

Então, pode acabar apertando o bebê ao abraçar forte demais. Isso não acontece intencionalmente, mas, com o bichinho de pelúcia é possível ensinar a ter delicadeza e dar instruções de como lidar com o irmãzinho que está para chegar.


“Conforme a gente ensina a criança a tocar e constrói um lugar emocional para a chegada do novo irmão, aumentam as chances de todas essas mudanças e aprendizados acontecerem antes de o bebê chegar. Assim, não haverá o risco do que os adultos chamam de ‘ciúmes’”, comentou.

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A psicóloga reforça que a palavra “ciúme” engloba várias emoções, e as coloca entre os irmãos. Isso acontece quando, na verdade, a criança mais velha não tem sentido nada com relação a mais nova, mas sim saudade do adulto.

Diante disso, ela aconselha a abrir mão do termo “ciúme” e tentar buscar qual é a real emoção da criança: ela se sente rejeitada? Com saudade? Preterida ou abandonada? O correto, segundo a especialista, é analisar as sensações e experiências do filho mais velho.

“Geralmente, quando o bebê nasce, os pais passam a enxergar o filho mais velho como muito grande e cobrar demais dele; exigem mais do que ele tem pra dar. Quando o caçulinha chega à idade que o mais velho tinha quando ele nasceu, os pais ficam impressionados como ele ainda era pequenininho. Então, é importante fazer a observação especial de seu filho. Não é porquê o bebê nasceu que o seu filho mais velho, ficou enorme. Ele continua sendo criança pequena”, concluiu.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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