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Veja como evitar a ressaca durante o Carnaval

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Veja como evitar a ressaca durante o Carnaval
Redação EdiCase

Veja como evitar a ressaca durante o Carnaval

Com o feriado de Carnaval chegando, as pessoas começam a se preparar para aproveitar a folia. Seja em casa com a família, com os amigos ou em bloquinhos de rua, um dos principais atrativos que, geralmente, não faltam nesta época são as bebidas alcoólicas. Isso porque, para algumas pessoas, a festividade e a bebedeira andam lado a lado.

Contudo, mesmo em meio às comemorações, prestar atenção ao consumo exagerado desse item é fundamental, principalmente visando evitar problemas de saúde e a tão temível ressaca. Por isso, o farmacêutico homeopata Jamar Tejada explica o que você pode fazer para ingerir essa bebida de forma moderada e evitar o risco de acabar com a festa antes da hora. Veja!

Processo de ingestão de álcool no corpo

De acordo com Jamar Tejada, o processo de metabolização hepática (aquele em que o fígado processa e transforma tudo o que é ingerido em algo aproveitável pelo organismo ou não) é mais curioso quando falamos de ingestão alcoólica.

“Como o fígado não produz uma enzima que neutralize diretamente a presença do álcool ali, ele primeiro o transforma em uma substância chamada acetaldeído e só depois em ácido acético, que é um metabólito não tóxico. O problema é que o acetaldeído é uma substância ainda mais tóxica que o próprio álcool, por isso o consumo requer alguns cuidados”, explica o profissional.

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Consequências do álcool no organismo

A absorção do álcool pelo intestino é muito mais rápida que a capacidade do fígado de metabolizá-lo. Ele só consegue metabolizar o equivalente a 8,5 gramas de álcool por hora, variando de pessoa para pessoa, o que é menos que 300 ml de cerveja ou mesmo 25 ml de whisky, vodka e cachaça. Por isso, ao ingerir o equivalente a 3 taças de vinho, o corpo vai demorar, em média, 3 horas para eliminar todo esse volume.

“Isso significa que, após um consumo exagerado de álcool, por várias horas, o organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas circulando no sangue: álcool e acetaldeído, e o acetaldeído é uma substância que causa câncer e pode levar à lesão do fígado se a exposição for frequente”, alerta o farmacêutico.

Alimentação é aliada contra a ressaca

Para cair na folia sem medo e aproveitar todos os dias da pré-folia e do Carnaval sem causar grandes danos à saúde, a dica do especialista é se alimentar muito bem antes da bebedeira. “Com o estômago cheio, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar a bebida alcoólica que ali chega. Por isso, a intoxicação por etanol é mais intensa quando as bebidas são ingeridas com o estômago vazio”, diz o especialista.

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Técnicas para curar a ressaca

Se você, mesmo sabendo das informações acima, sobrecarregar seu fígado, a dica do farmacêutico para tratar a ressaca é beber muita água. Se for água de coco, ainda melhor, pois ela contém sódio e potássio, que ajudam a regularizar as reações químicas do organismo, perdidas com as diversas idas ao banheiro.

É preciso, ainda, evitar alimentos processados, gordurosos ou industrializados, visto que sobrecarregam ainda mais o fígado. E, a fim de limpar as toxinas de forma ainda mais rápida, você pode preparar um chazinho. As ervas mais indicadas são: camomila, erva-doce, gengibre, hibisco, chá-verde e hortelã. Quando o assunto é álcool, vale o velho ditado: beba com moderação.

Por Mayara Barreto

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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