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Veja como usar a bicicleta para ir ao trabalho reduz quadros de estresse

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Veja como usar a bicicleta para ir ao trabalho reduz quadros de estresse
Redação EdiCase

Veja como usar a bicicleta para ir ao trabalho reduz quadros de estresse

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Dartmouth, nos EUA, mostrou que a forma de locomoção impactou diretamente no surgimento ou não de quadros de estresse. O estudo foi feito antes da chegada da pandemia.

Os cientistas acompanharam 275 americanos, grande parte deles atuantes no ramo da tecnologia. A maioria dos participantes passava em torno de 40 a 60 minutos todas as manhãs dentro do carro, no trânsito, antes de chegar ao batente. Um outro número menor fazia esse deslocamento a pé ou de bicicleta.

A pesquisa constatou que a forma de locomoção impactou diretamente no surgimento ou não de quadros de estresse entre os indivíduos acompanhados no levantamento, com influência na maneira como produziam ao longo do dia no trabalho. Quem optava pela caminhada ou pelo pedal tinha um início de dia mais tranquilo, com mais disposição e agilidade para cumprir as tarefas.

Influência da atividade física na rotina

A psicóloga da iMEDato, Mônica Mafra, acredita que a iniciativa de ir a pé ou de bicicleta para o trabalho gera benefícios para a saúde de modo geral. “Pesquisas demonstram o impacto positivo na vida laboral dos trabalhadores. Entre vários aspectos positivos, podemos dizer que o hábito de caminhar ou pedalar para o trabalho faz com que as pessoas tenham uma vida menos sedentária e, com isso, tenham ganhos em sua saúde física e mental”, afirma.

Efeito do engarrafamento na saúde mental

O ortopedista especializado em coluna vertebral Daniel Oliveira, diretor do NOT, lembra que o início do dia nas cidades, no trânsito, muitas vezes com grande movimento e engarrafamentos, para os motoristas ou aqueles que usam o transporte coletivo significa um longo período para chegar no destino pretendido.

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“Logo pela manhã, as pessoas estão preocupadas e receosas em chegar com atraso em seus compromissos, e isso faz com que fiquem mais irritadas e estressadas. Tudo o que sentimos também influencia diretamente na forma como trabalhamos e produzimos”, pondera.

Mônica Mafra ressalta que, em momentos de estresse, o corpo libera adrenalina e cortisol, o que causa sensação de medo, irritação e nervosismo. “Podemos dizer que, pela manhã, o trânsito pode, em algumas pessoas, de acordo com o momento de vida, desencadear algum desses sentimentos, o que atrapalha, quase sempre, o restante do dia.”

Endorfina e bom humor

Andar a pé ou de bicicleta, mesmo sem pensar na prática esportiva ou como atividade física , já libera certa dose de endorfina, o que, por si só, deixa o indivíduo mais bem-humorado e disposto. Isso também interfere positivamente na produtividade, complementa Daniel Oliveira.

Mônica endossa a declaração do ortopedista: “Ir até o trabalho a pé ou de bicicleta faz com que colaboradores cheguem na empresa mais dispostos para enfrentar os desafios diários e, consequentemente, mais engajados”, reforça a psicóloga.

Gabriel conta que esse é um estilo de vida que lhe faz bem. “Nós temos a impressão de que ganhamos tempo indo mais rápido para algum lugar, mas esse período que a gente ganha de carro, em veículos de aplicativo ou no ônibus, aproveitamos menos. Andar ou pedalar é uma espécie de terapia, faz bem para a saúde. Considero uma preparação para o início do dia, como se fosse uma transição. Melhora a disposição, meu humor, tira aquela parte mais árdua de ter acabado de acordar, de observar o que está acontecendo no início do dia e, também, de aliviar todo o estresse do trabalho na volta para casa. Leva um pouco mais de tempo, mas desestressa também”, conta.

Mais que os ganhos com relação à saúde mental, Daniel Oliveira cita ainda a melhora do sistema cardiorrespiratório, o fortalecimento das articulações e da musculatura, a contribuição na prevenção à osteoporose, além do controle ou redução de peso. “Os benefícios são sentidos a curto, médio e longo prazos, a favor do envelhecimento mais saudável e longe de várias doenças crônicas.”

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Consulte um especialista

Para quem deseja começar a andar a pé ou ir de bike para o trabalho, mas é sedentário, um dos primeiros passos, segundo Mônica Mafra, é passar por exames e avaliação médica. “Após esse momento, crie uma rotina com uma meta diária. É importante respeitar seu corpo e começar devagar e, à medida que for se sentindo mais disposto, aumentar o ritmo e intensidade”, recomenda a psicóloga.

Dicas para começar a pedalar ou caminhar

O ortopedista Daniel Oliveira, que também é um amante da bike, dá dicas para quem quer começar a usar a magrela para ir até o trabalho:

  • Investir em uma bike de qualidade que se adeque ao tamanho do usuário, para evitar dores e desconfortos;
  • Ter um alforje para colocar os pertences e objetos pessoais e levá-los com segurança durante o percurso;
  • Usar capacete sempre. É o principal item de segurança de todo ciclista;
  • Ter um cadeado de qualidade para evitar dores de cabeça com roubos;
  • Usar roupas leves e de secagem rápida para evitar a transpiração excessiva;
  • Fazer a manutenção da bike periodicamente;
  • Evitar ruas de tráfego intenso e estar sempre atento ao trânsito para prevenir acidentes.

E para aqueles que pretendem iniciar a caminhada:

  • Dar preferência a locais planos e sempre nas calçadas;
  • Investir em um bom e confortável tênis;
  • Preferir tecidos mais leves e que facilitem a transpiração;
  • Evitar andar com muito peso na mochila e, principalmente, fazer o ajuste correto no corpo para minimizar dores nas costas.

Texto originalmente publicado na Revista Bicicleta (Edição 129).

Por Revista Bicicleta

Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Especialistas se reúnem em workshop para discutir estratégias e inovações para impulsionar a economia de baixo carbono e a redução de emissões de gases de efeito estufa no Brasil

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A redução da emissão de gases poluentes é uma demanda mundial urgente para desacelerar o processo de aquecimento global. O impacto das mudanças climáticas, com a recorrência de eventos extremos como verões mais quentes, períodos de secas e chuvas mais concentradas e intensas, impulsiona a transição para uma economia de baixo carbono.

Para estimular a troca de experiências e conhecimentos sobre o assunto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) promove, no dia 22 de outubro de 2024, o workshop “O papel das engenharias na transição para uma economia de baixo carbono”. O evento, gratuito e aberto ao público, reúne especialistas para debater soluções integradas para a redução de emissões de carbono e da sustentabilidade em diversos setores como indústria, transporte, construção civil, energia e agronegócio.

O papel da engenharia
Organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) “Economia de Baixo Carbono”, o workshop apresentou novas perspectivas para o mercado de carbono brasileiro e abordou a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) por meio do Projeto de Lei 182 de 2024, em análise no Senado.

“Precisamos ampliar a discussão sobre esse mercado e o papel das engenharias na desaceleração das mudanças climáticas”, pontuou a coordenadora do GT, engenheira mecânica Sírcia de Sousa.

Segundo ela, que também é conselheira da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, a engenharia é essencial para o planejamento e implementação de estratégias de descarbonização para setores industriais, monitoramento e verificação de gases de efeito estufa, além da criação de soluções baseadas na natureza para remoção de carbono. “Os engenheiros também desempenham um papel essencial na produção de normas que orientam e incentivam a população a ter atitudes menos agressivas ao meio ambiente, além de tornar atrativa a adesão da sociedade a um cotidiano de menor emissão de gases poluentes”, ressalta Sírcia.

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O engenheiro florestal e técnico administrativo da Ufla, Thiago Magalhães Meirele, destacou a importância de ambientes como o workshop organizado pelo Crea-MG para que profissionais de diversas áreas possam interagir, debater e criar soluções mais ágeis para que o processo de migração do mercado para a economia de baixo carbono seja mais eficiente.  “Esse processo é multidisciplinar, cada profissional dentro da sua área, da sua especificidade e atribuição técnica tem seu papel. Juntos, eles vão ajudar na criação de novas tecnologias, no desenvolvimento de protocolos, na aplicação de certificações, dentre outras questões”, disse. Thiago ainda destacou que é preciso que toda a população tenha consciência do tema. “Esses são problemas coletivos e só podem ser resolvidos na coletividade, se não houver um entendimento de que todas as áreas precisam trabalhar juntas para atingir essas metas, a gente não vai conseguir alcançá-las”, afirmou. O engenheiro concluiu explicando a importância do poder público nesse contexto. “Esse processo perpassa também por mudanças de políticas públicas, por incentivos fiscais, por educação”.

Também reconhecendo a iniciativa do Crea-MG em promover um evento para debater um tema “muito importante e de interesse mundial”, o engenheiro florestal Enio Fonseca, com 42 anos de atuação nas áreas de sustentabilidade, meio ambiente e mineração, ele veio participar do workshop. Fonseca parabenizou o Conselho e relembrou que “a engenharia tem um papel muito importante na dinâmica da concepção e operacionalização dessas questões da transição energética e que envolvem o crédito de carbono’’

Exemplo mineiro

Durante o workshop o município do sul de Minas, Extrema, ganhou espaço por ser o pioneiro e ser exemplo em relação a implementação de políticas ambientais. “O primeiro o município que tem esse tipo de modelo de mercado regulado de carbono é mineiro. Extrema é um caso de sucesso que começou em 2005 com uma política de pagamento dos serviços ambientais e na evolução da política, entre 2015 e 2017, eles começaram a incorporar a questão do carbono como uma das condicionantes ambientais”, comentou a engenheira florestal Valéria de Fátima Silva, integrante da Carbon Flore, empresa dedicada a soluções para economia de baixo carbono.

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Valéria explicou que em nível estadual e nacional, a regulação caminha lentamente e que ainda existem diversos entraves para que o mercado adote políticas ambientais.

“Para avançar, é preciso haver consenso e envolvimento, e Extrema se diferenciou por fazer esse envolvimento voluntariamente, então só quando as empresas passaram a apoiar o projeto voluntariamente, eles instituíram isso como lei. Então o caminho foi primeiro de convencimento, de engajamento voluntário, para depois a obrigação legal”, explicou a engenheira florestal.

Outro desafio apontado pelo engenheiro de produção civil e professor do Cefet-MG Augusto César da Silva Bezerra é a ampliação do uso de biomassa para a produção de energia. Para ele, o mercado de uma maneira geral está atento ao uso consciente da energia. “A indústria global tem uma projeção de emissões mais voltada para o setor energético, para a energia, o uso da energia na indústria. E a indústria brasileira, nesse aspecto, está bem. A energia brasileira é uma energia mais limpa do que a média global. Nosso principal desafio, eu acredito que seja a gente conseguir potencializar o uso de biomassa, seja para a produção de energia térmica, de biocombustíveis ou de bioenergia, de uma forma ampla”, afirmou.

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