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‘Golpe da Shein’ é espalhado por anúncios no Google; saiba se proteger

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Golpe é aplicado na internet e promete ganhos que nunca chegam
Unsplash/Jonas Leupe

Golpe é aplicado na internet e promete ganhos que nunca chegam

Cibercriminosos estão comprando anúncios no Google para divulgar um golpe que promete que as pessoas ganhem dinheiro avaliando roupas vendidas na Shein. Na realidade, o objetivo dos golpistas e roubar dinheiro das vítimas.

Conhecido como ‘Golpe da Shein’, a fraude é aplicada através de sites chamados de ‘Money Looks’ – há diversos domínios com este termo. Nesses sites, os criminosos vendem supostos programas por valores em torno de R$ 70, prometendo que através desses softwares as pessoas conseguirão ter retornos diários entre R$ 100 e R$ 300 apenas avaliando roupas da Shein e de outras empresas, como Renner, Riachuelo e C&A.

Para dar credibilidade, os golpistas prometem suporte individual em caso de dúvidas ou problemas. Na prática, porém, o dinheiro pago pelo ‘Money Looks’ é roubado, e as vítimas não têm qualquer retorno financeiro. As marcas de roupa citadas não têm qualquer relação com o golpe.

Divulgação do golpe

Para disseminar o golpe, os criminosos têm apostado em divulgação através de influenciadores digitais, que enganam seus seguidores, e anúncios no Google. Com os anúncios, quando uma pessoa digita o termo ‘Money Looks’ no buscador, ela recebe logo nos primeiros resultados justamente os sites que levam ao golpe, fazendo com que a fraude ganhe credibilidade.

“Os resultados patrocinados no Google sobre Money Looks são comprados pelos próprios fraudadores para aparecerem nos primeiros lugares de uma pesquisa e, com isso, transmitir credibilidade”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

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Em nota enviada por email à reportagem, o Google afirma que tem “políticas robustas que delimitam a forma como pessoas e empresas podem anunciar produtos por meio do Google Ads, incluindo a proibição de anúncios que tentem confundir usuários”.

“Quando identificamos uma violação às nossas políticas, agimos imediatamente suspendendo o anúncio e, até mesmo, bloqueando a conta do anunciante”, afirma a empresa. No momento desta publicação, porém, os links maliciosos continuam aparecendo como resultados patrocinados no buscador do Google, mesmo após o aviso da reportagem.

A empresa afirma que “se algum consumidor suspeitar ou for vítima de golpe, oferecemos uma ferramenta para denunciar violações de nossas políticas”. A ferramenta pode ser acessada neste link .

O Google também esclarece que excluiu da Google Play Store o aplicativo do ‘Money Looks’. A reportagem também não encontrou o app malicioso na App Store, da Apple.

Erro contínuo do Google

Essa não é a primeira vez que a gigante de tecnologia lucra com anúncios que disseminam golpes. Desde o ano passado, o portal iG noticiou ao menos outros dois casos de fraudes sendo espalhadas através do buscador do Google.

Em abril de 2022, anúncios falsos no Google Shopping de produtos como celulares e notebooks levaram usuários a perderem dinheiro. Em fevereiro deste ano, um golpe chamado ‘Sistema Netflix’ foi anunciado no Google . A fraude é bastante similar ao ‘Golpe da Shein’, e promete que as pessoas ganharão dinheiro ao assistir filmes e séries na plataforma de streaming.

Como se proteger do ‘Golpe da Shein’

Fabio, da Kaspersky, afirma que a informação é a principal forma de se proteger deste golpe. “As pessoas precisam saber que o golpe é disseminado por muitas contas na internet, mas que os ganhos não existem. Se uma conta reporta ter ganhado algo, tenha em mente que são bots, contas invadidas ou pessoas patrocinadas que visam credibilizar o golpe”, alerta o especialista.

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Fabio também esclarece que apenas clicar no link do ‘Money Looks’ não oferece riscos. “A fraude em si acontece quando você efetua a compra e, dessa forma, fornece o dinheiro para o criminoso sem receber nada em troca”, explica.

Para não cair em golpes similares a esse, a dica é pesquisar sobre o tema indo além do Google, já que os anúncios podem enganar os usuários. Para isso, procure notícias sobre o assunto em sites confiáveis e olhe a reputação do suposto produto no Reclame Aqui.

Além disso, sempre desconfie de propostas que prometem ganhos altos e que têm senso de urgência, sugerindo que você precisa agir rápido para conseguir adquirir a oferta em questão.

A Kaspersky também orienta as vítimas que já caíram no golpe a tentarem reverter a perda financeira:

  • Caso o pagamento tenha sido feito usando cartão de crédito, comunique-se com seu banco e solicite o cancelamento do pagamento;
  • Caso tenha feito via Pix, comunique-se com seu banco o mais rápido possível solicitando o MED (mecanismo especial de devolução);
  • Caso o pagamento tenha sido feita via boleto, não há muito o que fazer. Abrir um boletim de ocorrência também é recomendável para registrar a fraude.

Fonte: Tecnologia

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

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Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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