TECNOLOGIA
Google não pode obrigar apps a pagarem 30% de taxa, decide Índia
Após um processo de mais de 150 empresas e uma multa no valor de US$ 113 milhões de dólares do governo indiano, o Google foi obrigado a permitir que desenvolvedores usem outros métodos de pagamento para compras nos apps. A companhia pretendia obrigá-los a usar seu método de pagamento, que cobra taxas de 30%.
Em outubro de 2020, o Google anunciou que não iria mais permitir que desenvolvedores usassem outros sistemas de cobrança para transações dentro dos apps.
O prazo para os ajustes era 30 de setembro de 2021. Na Índia, porém, ele foi adiado duas vezes, primeiro para 31 de março de 2022, e posteriormente para 31 de outubro de 2022.
No fim das contas, porém, o Google não poderá fazer isso. A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) aplicou uma multa de US$ 113 milhões na empresa e emitiu uma ordem para permitir que os desenvolvedores usem sistemas de pagamento alternativos.
Em comunicado, o Google diz ter pausado a obrigatoriedade. A companhia também afirma estar avaliando as opções legais, o que indica que ela deve entrar com um recurso contra a decisão.
Autoridades enfrentam Google e Apple
A autoridade indiana abriu uma investigação e ouviu depoimentos de empresas como Xiaomi, Realme, Samsung e Paytm, entre outras. A conclusão foi que o Google abusa de sua posição dominante na Play Store.
Essa é a segunda multa que a CCI aplica ao Google em menos de um mês. Em 20 de outubro, o órgão penalizou a empresa em US$ 162 milhões por práticas anticompetitivas no Android, como dar incentivos a fabricantes para que eles instalem apps como o Chrome e o YouTube e também por negar acesso à API do Play Services.
Não é só a Índia que está combatendo o Google. Governos na Europa e Coreia do Sul, para citar alguns exemplos, também estão na cola da empresa e de sua principal concorrente, a Apple. O objetivo é impedir que desenvolvedores sejam obrigados a usar os métodos de pagamento das duas.
Em julho, o Google já havia anunciado que apps poderão usar meios alternativos de transações e compras na Área Econômica Europeia, que inclui os 27 países da União Europeia mais Noruega, Islândia e Liechtenstein.
A medida veio em resposta à Lei de Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês), que determina que as big techs tenham práticas comerciais mais abertas.
A Coreia do Sul aprovou, em 2021, uma lei que obriga Apple e Google a permitirem que apps usem outros sistemas de cobrança. Em resposta, o Google anunciou que cobraria comissões também desses sistemas, mas com uma taxa reduzida de 4%.
Fonte: IG TECNOLOGIA
TECNOLOGIA
Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável
As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.
Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.
Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.
Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.
Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.
No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.
Fonte: Tecnologia