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Há vários sinais de que Elon Musk pode declarar falência do Twitter

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Elon Musk pode declarar falência do Twitter
Reprodução/Instagram – 05.10.2022

Elon Musk pode declarar falência do Twitter

Não é novidade que, desde quando comprou o Twitter em outubro deste ano, Elon Musk vem implementando uma série de mudanças controversas na plataforma. Para além delas, no entanto, algumas informações vazadas de dentro da empresa têm chamado atenção e levantado suspeitas de que a rede social está por um fio.

O risco de falência do Twitter não é um assunto novo,  já tendo sido admitido pelo próprio Musk em uma reunião com seus funcionários. Apesar de não ter se pronunciado novamente sobre o assunto, uma série de sinais da sua gestão parecem corroborar com essa possibilidade, dando a entender que esta ameaça pode estar próxima de se concretizar.

Basicamente, o Twitter:

  • perdeu metade dos anunciantes;
  • está inadimplente com aluguel ;
  • instruiu funcionários a não pagar fornecedores;
  • vai fazer leilão de itens de escritório;
  • cogita dar calote em ex-funcionários.

Aluguéis do Twitter estão atrasados

Em matéria publicada nesta semana, o New York Times revelou que, há semanas, o Twitter não paga o aluguel de sua sede em São Francisco e nem de qualquer um dos seus escritórios globais.

De acordo com a Bloomberg, esse “corte de custos” está relacionado às demissões que o Twitter realizou, mas não do jeito que você talvez imagine. Basicamente, Musk acabou eliminando diversas pessoas que traziam dinheiro para a empresa, seja através de anunciantes ou de produtos corporativos. Sem uma forma de recuperar essas fontes de renda, ele recorreu à barganha.

“Ele demitiu representantes que cuidavam de relacionamentos valiosos com anunciantes, bem como toda uma equipe dedicada a produtos corporativos que geravam centenas de milhões [de dólares] por ano”, diz a Bloomberg. “Os funcionários demitidos que gerenciavam contratos e faturas de anunciantes não puderam transferir documentos importantes para as pessoas que permaneceram”.

Pior: as presepadas de Musk acabaram afastando mais da metade dos anunciantes do Twitter, segundo a Bloomberg, fazendo-os interromper seus gastos na rede social.

Por isso, Musk decidiu que “todos os contratos são maleáveis”: os funcionários terão que fazer ligações para renegociar preços mais baixos para tudo. E se algum fornecedor não aceitar, o bilionário ameaça usar a força de suas outras empresas para convencê-los.

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“Deixar de pagar contas não é uma estratégia de corte de custos”, afirma David Frum, formado em direito por Harvard. “Os custos foram incorridos, eles existem. É uma estratégia de roubo por meio de litígio, e as pessoas que a usam são falidas ou vigaristas”.

E Andres Cueto, executivo com anos de experiência no setor de imóveis empresariais, lembra o seguinte: “Existem muitas estratégias para otimizar e para cortar custos imobiliários corporativos. Ficar inadimplente com os aluguéis não é uma boa estratégia”.

Twitter pode não pagar rescisão de demitidos

Outro “corte de gastos” levantado pelo New York Times diz respeito aos direitos dos próprios ex-funcionários da empresa. De acordo com o jornal, a companhia vem discutindo a possibilidade de negar o pagamento das indenizações dos trabalhadores recentemente desligados do Twitter.

Para quem não se lembra, Musk realizou demissões em massa desde quando assumiu o cargo de CEO da plataforma. Uma situação que ficou ainda pior quando o executivo deu um ultimato aos trabalhadores remanescentes, avisando que eles deveriam se comprometer com a cultura “extremamente hardcore” da empresa ou deixarem seus postos. Como resultado, das 7.500 pessoas que trabalhavam na rede do passarinho, pouco menos de 1.000 restaram na plataforma.

Além disso, vale lembrar que o aplicativo enfrenta algumas pendências na Justiça, como o processo movido por ex-funcionários da empresa devido à falta de aviso prévio de suas demissões.

De acordo com a legislação do estado da Califórnia, onde fica a sede do Twitter, demissões em massa precisam ser informadas com 60 dias de antecedência – algo que não aconteceu no episódio do Twitter.

Falência?

Ou seja, o Twitter – comprado por US$ 44 bilhões – está com aluguéis atrasados e ameaçando violar leis trabalhistas para não gastar dinheiro. E, de acordo com o NYT, Musk e sua equipe instruíram os funcionários a não pagar fornecedores, em antecipação a possíveis batalhas na Justiça.

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Tem mais. Há poucos dias, veio a público que o Twitter irá fazer um leilão de diversos itens da sua sede em São Francisco. O evento será realizado no site da Heritage Global Partners e terá ao todo 256 itens leiloados. Entre eles estão cadeiras de escritório, cafeteiras, mesas, computadores e até uma estátua do famoso passarinho da rede social.

Isso não é um sinal de que as finanças da empresa estão indo bem. Warren Kinsella, advogado e consultor político, prevê que o Twitter “vai falir”.

Vale lembrar que o Twitter não apresenta lucros desde 2019 e que Musk perdeu muito dinheiro desde quando fechou a aquisição. Para se ter ideia, desde outubro, além da rede social ter apresentado uma queda massiva em sua receita devido à saída de anunciantes, o próprio patrimônio líquido do bilionário diminuiu em R$ 46 bilhões.

Kenneth Rona, veterano da indústria de tecnologia, resume a situação: “Parece que restam pouquíssimos advogados [no Twitter] – os advogados da SpaceX foram convocados – e a liderança em tecnologia continua a ser esvaziada. Ah, e eles estão propositalmente deixando de pagar contas como aluguel, e a prometida indenização [aos funcionários]. Simplesmente uma loucura. Agora há rumores sobre falência? Bem, isso livraria [Musk] das obrigações, mas quem vai querer fazer negócios se eles não pagam as contas e a organização está um caos?”.

Musk já mencionou o perigo de uma possível falência em suas outras empresas. Em 2017, ele afirmou à equipe da SpaceX que seria necessário lançar foguetes uma vez a cada duas semanas, ou a companhia iria acabar.

Em 2008, durante o auge da crise financeira, Musk conseguiu US$ 50 milhões para evitar que a Tesla quebrasse. Entre 2017 e 2019, durante a produção do Model 3, o risco de fechar as portas também era alto. Até mesmo em 2022, o empresário disse que sua preocupação era “como mantemos as fábricas funcionando para que possamos pagar as pessoas e não falir”.

Fonte: IG TECNOLOGIA

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

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Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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